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Blairo descarta Pagot como vice e alfineta o PFL

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O quadro da política de aliança para sustentar o projeto da reeleição do governador Blairo Maggi está nebuloso. Inclusive, na própria cabeça do principal interessado. Apesar disso, não existe a possibilidade de o PPS sair para a disputa eleitoral com a chamada chapa pura. Tampouco, não existe a menor possibilidade de o chefe da Casa Civil, Luís Antônio Pagot, acabar como candidato a vice. Tudo descartado. “Nunca discutimos essa hipótese” – afirmou o governador, que tem no PFL o principal entrave para fechar o grupo de partidos para a reeleição. E admite até uma disputa mais acirrada em outubro próximo.

Mas tudo tem tempo certo para acontecer. Por exemplo, ao mesmo tempo que descarta o nome de Pagot para a vice ou qualquer outro cargo eletivo – “ele vai ser o coordenador da campanha”, disse – Maggi já começa a ver com bons olhos a tese de cada partido da aliança “largar” para a disputa eleitoral com um candidato ao Senado Federal. Antes, quando o assunto chegou a ser cogitado, Maggi rechaçou de forma contundente. Agora, no entanto, começa a assimilar a idéia.

Em verdade, Maggi já vê a disseminação de candidaturas ao Senado como “uma coisa interessante”. Até porque assim evitaria pegar pela proa a dissidência pefelista. Hoje, o principal objetivo dos liberais é um mandato eletivo para Jaime Campos, ex-governador e ex-prefeito de Várzea Grande, único do clã superior da sigla sem um cargo. Para isso, vem ensaiando uma candidatura própria ao Governo, com o nome do senador Jonas Pinheiro. Em tese, Jonas a governador seria uma candidatura de “sacrifício” pefelista, mas de risco evidentemente calculado.

Claramente, Jonas Pinheiro não quer ser candidato ao Governo. Tanto que ele aposta firmemente em duas situações. O primeiro quadro, com verticalização, a formação de uma aliança que teria o PPS, o PFL e o PSDB. Isso mesmo: o PSDB, a exemplo do cenário nacional que está se desenhando para disputar a sucessão de Lula. A repetição aqui, no entanto, é vista no Governo como “um desastre anunciado”. Nesta quarta-feira, o próprio governador tratou de descartar a possibilidade de ter Antero de Barros, Dante de Oliveira, Wilson Santos e companhia limitada no mesmo palanque. “Jamais isso acontecerá” – disse.

Assim, o entrave continua. O PFL, por sua vez, não aceita uma espécie de “coligação branca”, lançando o seu candidato ao Senado apenas. Essa situação resolveria apenas em parte o problema. As candidaturas proporcionais, de deputado federal e deputado estadual, passariam a enfrentar problemas.

O melhor quadro para que o projeto da reeleição seja finalizado da maneira mais adequada é com o fim da verticalização. Essa situação, porém, depende da Câmara dos Deputados. Jonas Pinheiro acha que até abril haverá uma definição sobre os aspectos jurídicos das alianças eleitorais. Maggi, no entanto, tem pressa. Tanto que já marcou prazo: 15 de fevereiro para indicar com quem irá para a eleição. A rigor, prazo para saber se o PFL estará ou não coligado. No Governo, articuladores acham que a verticalização continua.

Questionado se esta preparado para a campanha nos questionamentos dos possíveis adversários, PFL e PSDB, Maggi disse que esta tranqüilo. Ele disse que sua campanha vai se basear na sua propaganda governamental, mostrando o que já fez para o Estado. E arriscou: “O PFL não tem discurso de oposição”. Ou seja, contra ele, o Governo. Até porque faz parte do Governo. Destacando que quem quer disputar eleição não pode escolher adversários, Maggi afirmou que os eleitores vão avaliar seu Governo “e fazer a escolha de continuar este processo ou voltar para a regra antiga de fazer política”.

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