A Secretaria de Estado de Saúde (Ses) informa os dados oficiais de casos de dengue em Mato Grosso. Neste ano, os dados parciais de janeiro até o momento mostram um total de 342 notificações. “O número de casos é o esperado para a época do ano devido às chuvas e alta temperatura que apresentam as condições ideais para a reprodução do Aedes aegypti, transmissor da doença”, disse a coordenadora do Programa Estadual de Controle da Dengue, Maria de Lourdes Girardi, acrescentando que o Estado está em alerta e desenvolvendo junto com os municípios ações de vigilância epidemiológica, visitas domiciliares casa a casa para eliminação de foco, bloqueio de casos e de limpeza urbana.
De acordo com Maria de Lourdes, para a prevenção e controle da dengue o Estado investiu, nos últimos anos, na capacitação dos profissionais da saúde para atendimento ao paciente, vigilância dos casos e controle do vetor, além das ações de campo e a realização da terceira reunião de avaliação doença visando analisar a situação epidemiológica e a redefinição das estratégias de atuação dos municípios prioritários. “Ao todo são 33 cidades prioritárias para o controle da dengue. Entre elas estão Cáceres, Sorriso, Araputanga, Rio Branco, Ribeirão Cascalheira e Vera. Estes são os municípios que tiveram uma incidência significativa nos últimos três meses”, informou.
A Saúde do Estado, em parceria com as administrações municipais, já desencadeou o controle químico com equipamento pesado (Ultra Baixo Volume – UBV, também conhecido como Fumacê) em cidades como Cáceres, São José dos Quatro Marcos, Aripuanã e Sorriso. No município de Colniza e Nova Brasilandia, por exemplo, ocorreu a intensificação das ações de bloqueio com a bomba costal. “A Ses está monitorando a doença em todos os municípios e informando aos gestores quanto a real situação, além de prestar as orientações necessárias para a adoção de estratégias adequadas a cada realidade visando o controle da doença”. Conforme Maria de Lourdes, a dengue é uma doença que tem um caráter cíclico, apresentando, em média, a cada três anos um aumento no número de casos. Em 2003, foram notificados 13.710 casos da doença. Em 2004, o número de notificações baixou para 4.467 casos. Já em 2005, foram 10.527 casos notificados de dengue, 14 de febre hemorrágica de dengue (FHD) e quatro óbitos. O ano de 2006 fechou com 14.384 casos de dengue notificados, destes 5.881 confirmados, e onze casos de dengue hemorrágica, com dois óbitos. Neste ano de 2007, o Estado investiga três casos suspeitos de dengue grave.
Maria de Lourdes voltou a reforçar a importância da população em continuar adotando medidas que eliminem todos os criadouros de larvas do mosquito Aedes aegypti. “As atividades de controle e prevenção da dengue não podem parar. Elas têm que ser contínuas. Os moradores precisam manter suas caixas d’águas sempre bem tampadas e limpas, evitar o acúmulo de lixo e outros materiais que acumulem água nos seus quintais”, comentou. “Os gestores municipais devem manter a população mobilizada para que não esqueçam que a dengue ocorre o ano todo”, acrescentou.