A assinatura do decreto que torna mais rígida a punição para infratores ambientais em todo país, no último dia 22, pelo presidente Lula, continua repercutindo no setor produtivo e na classe política. Muitos vêem com bons olhos a medida, mas outros, acham que não basta apenas endurecer, é preciso criar alternativas para tirar os ‘irregulares’ desta atual situação.
Em Sinop, na última sexta-feira, o governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, disse que o Governo Federal é livre para tomar as medidas que queira, mas que deve haver uma flexibilização. “Quando você aperta de um lado, tem de flexibilizar de outro. Se estou colocando multas mais pesadas, por exemplo, tenho que dar condições para aqueles irregularidades irem para a legalidade”, declarou, ao Só Notícias.
Maggi defende que se deve estimular as regularizações, não apenas agir com caráter punitivo. “Nesta questão ambiental principalmente em Mato Grosso, o que acontece é isso. Pressiona-se mas não criam oportunidade para as pessoas buscarem a legalidade”, acrescentou.
Comparando a situação, o governador diz ser necessária adoção de novas políticas, a exemplo da realizada durante a campanha do desarmamento. “O que deveria ser feito nesta questão é a mesma coisa que na época do desarmamento. Eu tenho uma arma ilegal, ia na delegacia, fazia um termo, deixava ela e ia embora sem nenhum tipo de processo”, falou.
Entretanto, o governador alerta para outra visão. “Essa questão ambiental de Mato Grosso é diferente. Você se apresenta como alguém que está errado e quer fazer recondução do processo, a primeira coisa que fazem é aplicar multa e se bobear vai até preso”, criticou.
