
Outro alerta dele é que o nome possa aglutinar, principalmente, o núcleo duro da campanha de Taques. Neste caso, ter o aval do PSB e PPS, presididos pelos prefeitos Mauro Mendes e Percival Muniz, respectivamente. Pagot foi o responsável pela articulação para a filiação de Serys ao PTB, um ano antes deste período eleitoral. Ela chegou ao partido com o projeto eleitoral de retornar ao Senado, porém, foi vencida internamente no grupo.
Serys chegou a pleitear a indicação para concorrer ao Senado pela coligação e não conseguiu o apoio nem internamente do seu partido para enfrentar o senador democrata, que tinha o respaldo da maioria dos dirigentes do bloco de oposição. Pagot acrescentou ainda que não está participando, neste momento, das discussões com a direção da sua sigla, presidida pelo ex-prefeito de Cuiabá, Chico Galindo. “A cúpula deve avaliar um nome que venha agregar todos os setores e que tenham o respaldo de Mauro Mendes e Percival Muniz”.
Pagot afirmou não conhecer os motivos reais pelos quais Jayme desistiu de disputar a reeleição. “Ele iria se reeleger senador, mas infelizmente desistiu e ficou uma lacuna grande”, afirmou. Há oito anos, ele foi candidato a primeiro suplente de Jayme Campos. Porém, nunca assumiu o lugar do democrata no Congresso Nacional. À época, quando teve a oportunidade, Pagot era diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e precisaria abrir mão do cargo.
Ontem, o líder do PTB na Câmara de Vereadores, Dilemário Alencar, defendeu a ex-parlamentar para substituir o democrata. ‘Com a desistência do senador Jayme Campos, um nome que pode substituí-lo é o da ex-senadora. Ela já fez neste ano uma pré-campanha ao Senado pelo PTB percorrendo diversos municípios”.
Ele relembrou a liderança da ex-senadora no Estado. Para colocar o nome dela novamente na disputa interna do grupo, o vereador convocou o presidente da sigla em Mato Grosso para fazer a defesa da ex-parlamentar dentro da coligação Coragem e Atitude para Mudar. Ele acrescentou que há militantes do PTB e lideranças de entidades sindicais que começaram a defesa do nome de Serys pelas mídias sociais.
A reportagem tentou falar insistentemente com ex-senadora que não atendeu às ligações telefônicas, assim como o ex-prefeito de Cuiabá. Porém, conforme o vereador, ele manteve contato com a ex-senadora. “Conversei com a Serys e senti que se for a vontade do PTB, e caso o nome dela seja aceito pelas lideranças da coligação Coragem e Atitude para Mudar, ela pode aceitar o desafio de entrar na disputa”.
O PTB tem apenas candidatos às chapas proporcionais. No período da convenção, quando teve o projeto barrado pelos convencionais da sigla, Serys não escondeu o seu descontentamento com a agremiação.


