Não foi só o PR que saiu dividido da eleição da mesa diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso. Após conquistar o maior cargo do Estado, o de governador, o PDT, que vive um processo de expansão no Estado, agora tenta se recompor. As duras críticas feitas pelo presidente do diretório regional da sigla e deputado estadual, Zeca Viana, quanto ao processo de condução da escolha do presidente do Legislativo, no qual ele era um dos postulantes ao cargo, por parte do governo do Estado, comandado por Pedro Taques (PDT), não foram bem vistas pela cúpula partidária.
O ex-presidente da legenda no Estado e prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta (PDT), afirmou que foi uma “desinteligência” do parlamentar e que isso precisa acabar. “Acho que faltou pensar um pouco e falar menos”, disse.
Viana ironizou a declaração. “É porque ele é muito mais inteligente do que eu, então eu tenho que aceitar”. O deputado ainda afirmou que, talvez, o que Pivetta queira seja que o partido volte a ser da mesma forma que quando estava sob sua direção. “Não vou fazer isso, eu preciso fortalecer o meu partido, senão não preciso ser presidente”.
Contudo, o prefeito ressalta que não tem intenção, de jeito nenhum, de voltar à presidência do PDT. Para ele, Viana tem desempenhado um papel importante na sigla. “ O Zeca ajudou a construir o partido, isso é uma dor de barriga momentânea. Acho que ele podia ter dividido com alguns amigos (a insatisfação sobre a mesa diretora), porque ele perdeu com isso, saiu menor do que entrou”, avaliou.
Segundo Pivetta, que afirma ter participado das primeiras articulações acerca da disputa da Mesa Diretora, o deputado não pode contar com o apoio do governador por não ter se manifestado no tempo certo. “Ele sempre falou, desde o início, que se fosse candidato iria criar problema com o Pedro. Ele não tinha pretensão de criar problema com o Pedro. Não sei que reviravolta aconteceu, a dor que transformou ele nesta fera que ele está”.
