Assim que a CBF assumiu oficialmente que pretendia pleitear a Copa de 2014, dezenas de projetos de novos estádios passaram a circular pelos gabinetes de governadores, secretários estaduais de esportes e presidentes de federações. Coincidência ou não, os traços dos designers das novas praças são muito parecidos. Surgia então a suspeita de que a CBF – pseuda proprietária de tais “projetos – estaria “sugerindo” a compra dos mesmos pelas cidades tidas como sedes garantidas no torneio.
Em Mato Grosso, o secretário de esportes, Baiano Filho negou tal exigência. “O nosso projeto é local, foi concebido por aqui e não recebemos nada da CBF”, disse, resumindo, sem citar o nome do autor do projeto.
O novo desenho do Verdão, que pode passar por uma reforma a partir do próximo ano, prevê um campo com novas dimensões, de 70 por 110 metros. A assessoria da Seel, no entanto, informa que “a amplitude dessa reforma, dependerá da decisão da FIFA”, a ser anunciada daqui há um ano. “A reforma no estádio será radical. Cobertura total para as 40 mil cadeiras numeradas”, diz em nota oficial a Seel. Os vestiários que hoje atendem precariamente a partidas regionais, terão o mesmo conforto e a funcionalidade de seus similares alemães, os anfitriões da Copa de Mundo de 2006. Permanecerão subterrâneos, embora ampliados e modernizados.
A informação é do secretário-adjunto de Obras Públicas da Secretaria de Infra-estrutura de Mato Grosso, Jean Martins Nunes. Segundo ele, os recursos, estimados em R$ 350 milhões, a serem investidos na reforma do Verdão e na parte técnica dos centros de treinamentos sairão dos cofres públicos.