O Campeonato Carioca conhecerá o campeão de seu primeiro turno nesta quarta-feira, quando Flamengo e Madureira se enfrentam, às 21h45, no Maracanã. Na primeira partida, o Tricolor Suburbano não tomou conhecimento do adversário e venceu por 1 a 0.
Com isso, a equipe garante o título com um empate. Já o Rubro-negro da Gávea precisa vencer por dois ou mais gols de diferença. Vitória flamenguista por um gol leva a decisão para os pênaltis. Além do título da Taça Guanabara, o Flamengo joga também para evitar a ‘brecha’ para os críticos aparecerem e encerrar a pecha de freguês do Madureira, que goleou o rubro-negro por 4 a 1, na fase classificatória.
Sem muito tempo para corrigir os erros do Flamengo nos treinamentos, o técnico Ney Franco aposta no diálogo para que o time não repita as falhas cometidas no último domingo. ‘A gente tem que entrar em campo com mais disposição, vontade e determinação do que o Madureira. Este é o primeiro passo para que a gente possa sair de campo com o título. Precisamos mostrar que o Maracanã é a casa do Flamengo. Na quarta-feira, não podemos entrar com essa passividade’, comentou o treinador rubro-negro.
Diante da necessidade do Flamengo em marcar gols para sair de campo com o título, a responsabilidade cai novamente sobre os ombros de Souza, que ainda enfrenta resistência de boa parte da torcida rubro-negra. O atacante garante não se incomodar com o fato de ter que ouvir a torcida gritar o nome de Obina sempre que perde um gol.
‘Isso não me incomoda e me dá até uma motivação a mais. Soube que no início dele (Obina) no Flamengo, ele foi vaiado e até mesmo xingado pelos torcedores. E hoje virou ídolo da torcida. Espero seguir pelo mesmo caminho. E tem mais, não fui artilheiro do Campeonato Brasileiro do ano passado à toa’, recordou.
No primeiro jogo da final, Souza atuou ao lado de Roni, mas a má atuação da dupla de ataque foi minimizada por Ney Franco, que preferiu elogiar os defensores adversários. ‘A falta de gols não pode ser creditada somente a eles, temos um bom ataque mas precisamos de ajustes no meio-de-campo e o Madureira está muito bem na parte defensiva. Eles foram superiores na parte tática, o que é minha função’, ressaltou o técnico. Para o jogo decisivo desta quarta, o Flamengo terá o desfalque do zagueiro Moisés, expulso na primeira partida da final. Sem fazer mistério, o treinador rubro-negro confirmou a entrada de Ronaldo Angelim no setor. Fora dos campos, com o argumento de preservar a concentração do time, a diretoria anunciou que não será permitida a entrada de mascotes com a equipe nesta quarta.
No lado do Madureira, a ordem é manter a humildade mesmo diante do bom resultado no primeiro jogo. O técnico Alfredo Sampaio evita qualquer tipo de provocação ao rival desta quarta-feira e diz que nada está decidido. ‘Essa vantagem de um gol que nós conseguimos é muito perigosa, ela ainda não nos garante nada. Por isso, vamos manter nosso padrão de jogo e redobrar os cuidados, porque o Flamengo virá com muito mais força’, comentou o treinador.
Um dos mais experientes do grupo, o meia Djair garante que seu relacionamento com Alfredo Sampaio não ficou abalado depois de ter reclamado de sua substituição no domingo. Ele aponta os caminhos para o Madureira levantar o troféu. ‘Conseguimos uma vantagem considerável, embora mínima, que poderemos tirar proveito. Acredito que, segurando o ímpeto do Flamengo, desde o início do jogo, a torcida passará a pressionar os jogadores deles e isso os deixará nervosos’, afirmou Djair.
Para conseguir o título, o Madureira terá que superar os desfalques no ataque. A começar por Marcelo, expulso na primeira partida em um lance polêmico. Já Valdir Papel sofreu grave lesão no pé direito e foi vetado pelos médicos. Desta forma, Fábio Júnior ganha uma posição entre os titulares. A outra vaga deve ser ocupada por Josimar, embora Assunção corra por fora na disputa.
