No aniversário de 453 anos da cidade de São Paulo, o Cruzeiro enfrentou um Pacaembu lotado e bateu o São Paulo nos pênaltis, após empate em 1 a 1 no tempo normal. Com isso, conquistou pela primeira vez a Copa São Paulo de Juniores. Antes, o time mineiro só havia chegado à final da competição por duas vezes. Na primeira, em 1996, acabou derrotado pelo rival América-MG. Já na segunda, em 2002, perdeu para a Portuguesa de Desportos.
No gramado, o São Paulo começou pressionando a equipe do Cruzeiro. Logo aos nove minutos, o tricolor paulista teve sua primeira grande chance. Jackson recebeu cruzamento de Flávio e tentou duas vezes para o gol. A zaga cruzeirense, entretanto, conseguiu travar a jogada.
O Cruzeiro, por sua vez, não demorou muito a responder. Aos 15, Jonathas aproveitou cruzamento de Vinícius, antecipou a zaga são-paulina e cabeceou para o gol de Jorge Miguel, que conseguiu fazer a defesa. A partir daí, o jogo ficou ainda mais truncado no meio-campo.
Além da forte marcação, as duas equipes tinham dificuldades em completar o último passe para o gol. Mesmo assim, aos 31, o atacante cruzeirense Guilherme perdeu a bola no ataque e permitiu o contra-ataque pela direita de Thiago. O jogador são-paulino avançou e cruzou para o meio da pequena área. Lá, Carlos Magno conseguiu tirar em cima da linha.
Dois minutos depois, o Cruzeiro respondeu com Anderson, que tabelou com Guilherme e chutou forte no ângulo do goleiro Jorge Miguel, abrindo o placar no estádio do Pacaembu para o time mineiro. Apesar do gol, o São Paulo não diminuiu o ritmo e continuou no ataque.
Aos 40, o São Paulo ainda sofreu uma falta na entrada da área cruzeirense e após pedido da torcida presente no Pacaembu o goleiro Jorge Miguel atravessou o campo para a cobrança. O chute, entretanto, passou por cima do travessão, sem perigo para o goleiro Rafael.
No segundo tempo, o São Paulo voltou disposto a igualar o marcador. Com isso, aproveitou um relaxamento da marcação do rival, que já aparentava cansaço, e pressionou. Assim, logo aos três minutos, Flávio tocou para Eric, que deixou Thiago na cara do gol. Com um toque rasteiro, o atacante são-paulino mandou para o gol e empatou a decisão.
A igualdade no placar levou ao delírio a torcida presente no estádio do Pacaembu. A pressão das arquibancadas surtiu efeito em campo. Aos 12, Thiago tocou para Alex Cazumba que, sem marcação, invadiu a área e chutou na trave do goleiro Rafael, assustando a zaga mineira.
O empate e a pressão são-paulina assustaram o Cruzeiro, que se mostrava intranqüilo e precipitava os passes, ajudando os contra-ataques adversários. Aos poucos, porém, o time mineiro foi se equilibrando e voltou a atacar. Aos 20, Anderson fez boa tabela pela esquerda e cruzou para o meio da área, mas ninguém apareceu para completar.
Do outro lado, o São Paulo perdeu outra chance incrível aos 25 minutos. Após cruzamento da direita, Flávio surgiu sozinho no meio da pequena área do São Paulo e cabeceou. A bola, entretanto, passou ao lado do gol de Rafael. A partir daí, as duas equipes passaram a sentir os efeitos do sol forte e o jogo caiu bastante de produção. Alguns jogadores chegaram a pedir atendimento médico no gramado.
Mesmo assim, a vontade das duas equipes não impediu as boas jogadas de ataque, todas sem sucesso. Aos 43, por outro lado, Maicon fez nova falta dura em Bruno César e recebeu seu segundo amarelo, deixando o Cruzeiro com dez em campo. Na cobrança, porém, a bola se perdeu e passou sem perigo pelo gol de Rafael.
Assim, como o empate no tempo normal persistiu, a decisão da Copa São Paulo foi para as penalidades. Nas cobranças, o Cruzeiro venceu por 6 a 5 (Guilherme, Jonathas, Simões, Luiz Fernando, Wellington converteram). Bruno César chutou mal e Rafael fez a defesa. Depois, na primeira cobrança alternada, Paulinho cobrou e deu título ao Cruzeiro.
