A tão sonhada pista de atletismo oficial não tem data para sair do papel. Apesar do aparelho ter sido incluído no projeto original do COT da UFMT, a obra, que está paralisada a meses, não deve ser concluída este ano. A revelação foi feita pelo governador Silval Barbosa.
Barbosa terminou revelando que tanto o COT da UFMT, quanto o do Pari, “estão com as obras atrasadas devido o não envio de recursos por parte do governo federal”. Segundo o governador, a obra na UFMT, que já teve a grama plantada e já usada para treinamento dos clubes e as cadeiras instaladas, precisa ainda de R$ 3 milhões para as obras de acabamento. O dinheiro, segundo ele, já foi enviado pelo governo federal, mas ainda está na Caixa Econômica.
Já sobre o Campo Oficial de Treinamento do Pari, em Várzea Grande, que está mais atrasado, faltam, segundo Silval Barbosa, mais R$ 9 milhões. “Esse dinheiro deveria ter sido enviado pelo governo federal (Ministério do Esporte), mas não chegou”, revelou resignado o governador.
Ao ser questionado sobre a capacidade de gestão das construtoras que foram contratadas para a execução da obra do Pari, Barbosa admitiu que as empresas integrantes do consórcio deveriam ter caixa para tocar a obra e receber os recursos adiante, o que não aconteceu.
Assim, os dois campos, que deveriam ter sido entregues antes da Copa do Mundo e não foram, agora não tem sequer data para serem inaugurados, afinal, as duas obras dependem da liberação de recursos federais, e não qualquer previsão para a conclusão.
O COT do Pari foi orçado em R$ 30 milhões e o da UFMT em R$ 15 milhões. O espaço de Várzea Grande possui capacidade para três mil espectadores e fugiu do projeto original que previa dez mil lugares inicialmente. A alteração foi feita durante a transição entre a Agecopa e a Secopa. Com o ‘encolhimento’ o estádio não poderá receber competições nacionais, como pretendia o Operário Várzea-grandense.
Outra recente polêmica envolvia a entrega do estádio do Pari para o Corpo de Bombeiros, o que chegou a causar revolta entre dirigentes e torcedores da cidade. Porém, dias após a declaração do secretário da Secopa, Maurício Guimarães, o prefeito de Várzea Grande, Wallace Guimarães, descartou essa hipótese e o estádio deverá ser administrado pelo município em regime de cogestão com o Operário.