O Atlético-MG formalizou uma proposta ao Cuiabá para quitar de forma parcelada a dívida remanescente da compra do atacante Deyverson. A informação surge após o clube mineiro ser intimado pela Câmara Nacional de Resoluções e Disputas (CNRD), que estabeleceu como prazo final a última segunda-feira para a apresentação do comprovante de quitação integral.
Segundo apuração do ge, a oferta do Galo prevê o pagamento inicial de 30% do valor devido, que é de R$ 1,47 milhão, seguido por mais seis parcelas. Quando questionado pela reportagem, o Atlético-MG limitou-se a declarar que “a posição do clube será levada aos autos do processo, que é sigiloso”, sem entrar em mais detalhes.
Em entrevista ao portal Globo Esporte, o presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch, criticou a estrutura da proposta e o funcionamento da CNRD. Ele revelou que o cronograma de pagamentos se estenderia de novembro até maio do ano que vem.
“Ganharam um prazo sem pagar juros. Isso é absurdo. Os clubes usam e abusam de um sistema de cobrança que não funciona”, afirmou Dresch. “A CNRD, infelizmente, se tornou uma ferramenta para que aproveitem de dívidas entre clubes para pagarem com prazo longo e sem juros. Isso precisa mudar urgentemente. A CBF e a CNRD precisam cortar essa mamata aí que os clubes estão usando.”
A transação de Deyverson para o Atlético-MG foi concretizada em meados do ano passado, por um valor total de R$ 4 milhões, acertado em cinco parcelas. No entanto, apenas a primeira, de R$ 500 mil, foi honrada pelo clube mineiro.
A inadimplência levou o Cuiabá a notificar o Atlético extrajudicialmente em setembro de 2024, concedendo um prazo de 20 dias para a regularização. Como o pagamento não foi efetuado, o caso foi levado à CNRD, que emitiu uma condenação contra o Galo em 29 de agosto deste ano. O descumprimento do prazo da última segunda-feira colocava o clube sob risco de nova advertência e de uma eventual proibição de registrar novos jogadores no mercado. Anteriormente, em janeiro, o Atlético-MG já havia repassado Deyverson ao Fortaleza.
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