A Polícia Civil deflagrou, hoje, a quinta fase da “Operação Eclipse”, que desvendou um sofisticado esquema de lavagem de capitais operado por um grupo criminoso atuante em Água Boa (639 km de Cuiabá), com ramificações Rondonópolis e Barra do Garças. Conforme as investigações, o grupo criminoso utilizava-se de uma empresa de ‘créditos’ de fachada para mascarar a prática de agiotagem e lavagem de dinheiro.
Foram cumpridas sete mandados busca e apreensão e sete de prisão preventiva, além de quatro medidas cautelares, sendo dois bloqueios de contas bancárias e dois sequestros de bens. Segundo a assessoria da Polícia Civil ao todo foram presas seis pessoas, dentre elas um assessor de vereador da Câmara de Rondonópolis. O nome dele não foi informado. Também houve apreensão em quantia de dinheiro em espécie, anotações de movimentações financeiras, aparelhos telefônicos e demais dispositivos que subsidiarão a continuidade das investigações.
As investigações, segundo a polícia, revelaram vasta rede de movimentações financeiras realizadas pelo grupo criminoso, voltadas à inserção e dissimulação de recursos ilícitos, principalmente provenientes do tráfico de drogas, no comércio local de diversos municípios de Mato Grosso. A polícia informou que a suposta empresa se apresentava como serviço de empréstimos a comerciantes, porém, na realidade, funcionava como mecanismo de infiltração de capitais ilícitos, mediante cobrança de juros usurários e pulverização de valores em contas de terceiros, dificultando o rastreamento e conferindo aparência de legalidade ao dinheiro da facção”.
“Essa investigação busca ir no eixo central que mantém esses grupos criminosos, que é a parte financeira. Nossa investigação apurou que uma parte do grupo agia como factoring, emprestando dinheiro nas praças, inclusive para comerciantes dos municípios alvos da operação”, explicou o delegado Bruno Gomes, através da assessoria.
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