Os professores decidiram deflagrar greve em todos os campi. Desde a última quarta-feira, as aulas estavam suspensas havia sido dado prazo de quase uma semana, ao governo estadual, para se manifestar sobre o pagamento do restante da correção salarial de cerca de 3,11% já na folha de junho, e não em novembro, conforme proposto. “Não houve manifestação. O governo não voltou atrás. A greve começa hoje, por tempo indeterminado”, afirmou, ao Só Notícias, o vice-presidente do sindicato, Luiz Jorge Basilino.
Apenas o campus de Alta Floresta não suspendeu as aulas, porém, uma reunião amanhã deve selar a adesão ao movimento. “Não tem como apenas um campus não aderir a greve. A partir do momento em que há a paralisação, todos os efeitos legais administrativos da universidade são suspensos. Então não tem como não paralisar”, explicou.
O líder sindical também adiantou que, na próxima semana, a Adunemat deve se juntar a outras categorias para pressionar o governo. A previsão é que rodovias sejam trancadas em forma de protesto. “Dentro da Adunemat, vamos deliberar amanhã o conjunto de ações que serão organizadas”.
Conforme Só Notícias já informou, a assembleia dos docentes da Universidade do Estado de Mato Grosso deliberou por não aceitar a proposta do governo estadual de parcelamento da correção salarial fixada em 6,22% conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2014. O governador Pedro Taques já determinou o pagamento de 3,11% este mês e a outra metade pretendia pagar em novembro, o que foi rejeitado pela categoria.
Desta forma, mais de 15 mil alunos continuarão sem aulas, em vários campi do Estado. Cerca de mil profissionais estão de braços cruzados.
A Unemat tem 13 campi ( Cáceres, Sinop, Alta Floresta, Colíder, Tangará da Serra, Diamantino, Juara, Nova Mutum, Nova Xavantina, Pontes e Lacerda, Luciara, Barra do Bugres, Alto Araguaia) 10 núcleos pedagógicos e 18 polos educacionais de Ensino a Distância. Cerca de 21 mil acadêmicos são atendidos em 60 cursos presenciais.
(Atualizada às 08:07hs em 2/6)