Ao menos oito pessoas morreram na queda de um balão que pegou fogo e caiu esta manhã, com 21 pessoas a bordo, em Praia Grande, cidade catarinense que é um dos destinos mais conhecidos para prática de balonismo com ar quente. Conforme as informações preliminares, em meio ao princípio de incêndio no cesto, o balão desceu até perto do chão quando 13 pessoas conseguiram desembarcar. Antes que as outras oito saíssem também, a aeronave voltou a subir de repente.
Os que não conseguiram, morreram com os ferimentos causados pelo fogo ou pela queda, ao saltar para fugir das chamas. “A partir daí, quando ele [o balão] está numa certa altura, algumas pessoas acabam pulando desse balão. Três pessoas não pularam e acabaram morrendo abraçadas”, disse em entrevista à Rádio CBN o delegado-geral de Polícia Civil no Estado, Ulisses Gabriel. O portal Uol informa que morreram: Leandro Luzzi, Leane Elizabeth Herrmann, Leise Herrmann Parizotto, Everaldo da Rocha, Janaina Moreira Soares da Rocha, Fabio Luiz Izycki, Juliane Jacinta Sawicki, Andrei Gabriel de Melo. Duas vítimas fatais (mãe e filha) são de Concórdia, um médico de Fraiburgo, e duas pessoas residiam em Joinville.
Os 13 pessoas que sobreviveram foram levadas a um hospital de Praia Grande, sendo que cinco permanecem em observação, de acordo com o Corpo de Bombeiros. Vídeos publicados nas redes sociais por testemunhas do acidente mostram o momento em que alguns passageiros saltam do balão, antes de ele despencar em chamas. O local em que o balão caiu, próximo a um posto de saúde em uma área rural de Praia Grande, segue sob perícia. A Polícia Civil verificou, inicialmente, que o ocorrido pode ter relação com um maçarico utilizado para iniciar a chama do tanque que esquenta o ar do balão.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também publicou nota oficial, lamentando as mortes e colocando o governo federal à disposição das autoridades estaduais e municipais. Em nota, a Confederação Brasileira de Balonismo (CBB) lamentou o acidente e disse cooperar com as autoridades na tentativa de esclarecer os acontecimentos. “Neste momento de dor, nos colocamos à disposição das autoridades competentes para colaborar, dentro dos limites estatutários da nossa atuação, com qualquer informação técnica ou suporte que possa contribuir com os desdobramentos e investigações necessárias”, diz o texto.
A entidade esclareceu que tem como objetivo fomentar a prática esportiva do balonismo, mas não tem competência para regular ou fiscalizar passeios turísticos em balões de ar quente. “Neste instante delicado, nos unimos em respeito e sentimento às famílias enlutadas. Que encontrem força para atravessar este momento irreparável. Seguiremos atentos aos desdobramentos do caso e disponíveis para apoiar no que estiver ao nosso alcance, dentro das atribuições que nos cabem legalmente”, diz o texto assinado por Johny Alvarez, presidente da confederação.
O município de Praia Grande, em Santa Catarina, é um dos principais destinos para quem busca passeios turísticos em balões, devido a condições geográficas e meteorológicas favoráveis e à proximidade de cânions de grande beleza cênica. Na região ficam os parques nacionais de Aparados da Serra e da Serra Geral. A cidade vizinha de Torres (RS) é reconhecida como a capital brasileira do balonismo.
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