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Pulses ganham força como terceira safra em MT e prometem rentabilidade maior que milho e soja

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Redação Só Notícias (foto: assessoria)

A diversificação das lavouras em Mato Grosso ganha um novo capítulo com o avanço dos pulses — grupo de grãos especiais que inclui gergelim, chia, feijões especiais, amendoim e até variedades menos conhecidas, como o mungo verde e o mungo preto.

Segundo dados apresentados pelo IBGE na Reunião de Estatísticas Agropecuárias (Reagro), a tendência de cultivo como segunda ou terceira safra vem crescendo graças à alta rentabilidade, ao menor risco climático e à forte demanda no mercado externo.

Nesta safra 2024/2025, quatro municípios já cultivam chia em 1.540 hectares, com produção estimada em 1,2 mil toneladas. O amendoim, presente em 21 municípios, ocupa 12 mil hectares, com previsão de 39,4 mil toneladas. Mas o destaque é o gergelim, cuja produção deve crescer 10,5%, atingindo 272 mil toneladas — o equivalente a 70% de toda a produção brasileira, conforme o 9º Levantamento de Grãos da Conab, divulgado na quinta-feira (12/06).

Para o presidente da Associação dos Produtores de Feijões, Pulses, Grãos Especiais e Irrigantes de Mato Grosso (Aprofir), Hugo Garcia, o impulso para o aumento de área e de produção do gergelim vem da recente abertura do mercado chinês, resultado também das articulações entre o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec).

Além disso, ele destaca a vocação exportadora e afirma que os pulses têm se mostrado mais rentáveis que o milho segunda safra em determinadas regiões, com contratos fechados antecipadamente e maior segurança para o produtor.

“O gergelim hoje é economicamente viável e tem proporcionado lucros maiores. Estamos falando de uma cultura que já começa a rivalizar com a soja, o milho e o algodão. Este ano, com certeza, o gergelim e alguns pulses terão mais rentabilidade do que o milho de segunda safra, pois são contratos fechados, é um produto que está oferecendo segurança econômica, o produtor já sabe quanto vai receber, então isso é muito interessante”, afirma.

Ele aponta que, a longo prazo, os pulses devem ter o mesmo peso na produção agrícola que a soja, o milho e o algodão, especialmente porque a irrigação está em expansão, com estudos em andamento e apoio do Governo do Estado.

“Ainda temos uma pequena quantidade de área irrigada, em torno de 235 mil hectares, mas há expectativa de chegarmos de 8 a 10 milhões de hectares irrigados. Quando isso acontecer, os pulses se tornarão uma das grandes culturas do estado, ao lado da soja, do milho e do algodão. A área plantada do amendoim está aumentando e acredito que deve ser ainda maior do que 12 mil hectares no próximo ano com a fábrica de beneficiamento instalada em Nova Ubiratã”, afirma o presidente da Aprofir.

O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, ressalta que, além dos recursos destinados ao estudo para identificar o potencial das águas subterrâneas e superficiais (rios, lagos), realizado pelo Instituto Mato-grossense de Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigação (Imafir) em parceria com a Universidade Federal de Viçosa e a Universidade de Nebraska, nos Estados Unidos, o Governo tem apoiado ativamente o desenvolvimento dos pulses.

“Temos uma política estadual de estímulo à diversificação, incluindo incentivos fiscais por meio do Proder (Programa de Desenvolvimento Rural de Mato Grosso) e a atuação da Câmara Técnica de Feijão, Pulses e Grãos. Com planejamento e políticas públicas, criamos condições para que nossos produtores prosperem e conquistem o mundo”, afirma.

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