Cerca de 400 funcionários efetivos do Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM) estão de greve. A decisão foi motivada principalmente por más condições de trabalho. A coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal de Mato Grosso (Sintuf), Ana Bernadete Nascimento, diz que o problema mais crítico está no setor da nutrição. Não falta alimento, mas muitos equipamentos estão quebrados, como a máquina para esterilizar utensílios de cozinha, fato que forçou o setor a suspender a alimentação de plantonistas e acompanhantes. Os funcionários contam que a caldeira que aquece a água é muito antiga e está corroída pela ferrugem e que a central onde são esterilizados os equipamentos médicos é inundada a cada chuva.
Outra discussão é o retorno à carga horária de 30h semanais. Essa reivindicação se arrasta desde quando foi determinada a volta das 40h depois da publicação da Portaria 918, de 2009, que fixou o limite máximo de 6 mil horas/plantões para o funcionamento do HUJM, depois ampliado para 13 mil. Os servidores alegam que o relatório da comissão montada no início do ano aponta que é possível reduzir a carga horária caso diminua o número de funcionários escalados nos finais de semana, sem afetar o funcionamento do hospital.
Outro lado – O superintendente do HUJM, Elias Perez, diz que a nova caldeira está em fase de aquisição e que o Ministério da Educação tem projeto para reforma do setor de nutrição. Ele afirma que o relatório apresentado pela comissão do sindicato não corresponde à realidade e que um levantamento será entregue hoje à reitoria da Universidade Federal de Mato Grosso avaliar se há possibilidade do retorno das 30h.