O empresário Alan Malouf disse, em depoimento ao GAECO, que fez repasse de R$ 40 mil para seu primo, o presidente da Assembleia, Guilherme Maluf (PSDB) e o dinheiro teria sido dos esquemas de fraudes na Secretaria de Educação. Ele também disse que entregou dinheiro ao ex-secretário de Educação, Permínio Pinto, que ontem saiu da cadeia e passa a cumprir prisão domiciliar. Alan, dono de um buffet na capital, confessou ter recebido R$ 260 mil do esquema e que pagaria despesas não declaradas da campanha ao governo do Estado, de 2014, do então candidato Pedro Taques e que as empreiteiras que faziam obras em escolas pagariam 5% de propina para "bancar" as dívidas.
Alan declarou que, inicialmente, não quis participar do esquema, mas acabou sendo convencido pelo empreiteiro Giovani Guizardi, apontado pelo MP como um dos líderes da quadrilha que fraudava licitações de obras, acabou sendo preso e fez delação premiada. Alan relatou ter conversado com Permínio Pinto e ter descoberto um esquema de retorno de dinheiro com alguns personagens com a participação do então secretário e outros servidores públicos estaduais. “Que disse ao interrogando que o servidor da Seduc, Wander (indicação de Guilherme Maluf), teria participação no esquema e que tanto o interrogando, Fábio Frigeri, Permínio Pinto, Wander, Giovani Guizardi e Guilherme Maluf seria beneficiados com o esquema”, disse.
Alan afirmou que o empresário Giovani Guizardi doou R$ 200 mil para a campanha ao governo mas não foi declarado para a Justiça Eleitoral e usado no caixa 2.
Malouf negou que tenha feito a indicação de Permínio para a secretaria de Educação, e que foi o deputado federal Nilson Leitão quem indicou o secretário. Alan Malouf também disse que "quando Giovani falava no nome de Permínio sempre fazia questão de ressaltar que a pessoa do deputado Nilson Leitão se beneficiaria".
Em nota divulgada esta manhã, o presidente da Assembleia Guilherme Maluf, disse que "tomou conhecimento do depoimento de Alan Malouf apenas pela imprensa, porém reafirma que não tem envolvimento com qualquer possível irregularidade ocorrida na secretaria" e "lamenta que, para se safar da prisão, Alan e Giovani Guizardi tenham ligado seu nome a denúncias infundadas, sem absolutamente nenhuma prova concreta. A assessoria jurídica do deputado já foi acionada para tomar as providências cabíveis para o restabelecimento da verdade. Guilherme Maluf afirma que apoia as investigações e está à disposição da Justiça para qualquer esclarecimento".
