sexta-feira, 19/abril/2024
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Sinop: vereadores aliados criticam aumento superior a 40% no IPTU; Hedvaldo aponta ‘má fé’

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Vereadores da base aliada e de oposição ao prefeito Juarez Costa fizeram duras críticas, na sessão desta noite, da câmara, por conta do aumento no Imposto Predial e Territorial Urbano não ter sido, em média, de 20%, conforme a prefeitura se comprometeu a aplicar, ano passado, durante negociações com 15 entidades que representam a sociedade organizada e também com vereadores. Mas, na prática, o aumento para os sinopenses pagarem passou de 40% em muitos casos. Conforme Só Notícias relatou, no centro e bairros, os reajustes variam de um local para outro e com as características de cada imóvel, mas os percentuais foram maiores que o dobro previsto pela prefeitura. Em cota única, o imposto vence no próximo dia 10.

O vereador Hedvaldo Costa, da base aliada, fez duras críticas. Disse que a "prefeitura agiu de má fé. Foi feito acordo para reajustar em 20%. Foi falado que pode ter se aproveitado alguma brecha, no novo código tributário que foi aprovado em dezembro, e os aumentos foram maiores. Mas isso não está correto. Nós aprovamos, sofremos aquele desgaste todo. Eu recebi moradores trazendo carnês que tiveram aumento de 44%. Me relataram casos de aumento de até 100%", atacou. "Esperávamos o secretário de Finanças (Teodoro Lopes) na sessão de hoje para explicar isso mas fomos informados que ele e o prefeito foram ao Tribunal de Contas do Estado buscar uma saída. Tem que ter saída mesmo porque a prefeitura não cumpriu o acordo que foi feito com a sociedade organizada. Nós vereadores tivemos boa fé em aprovar da forma que a prefeitura enviou. Então, vou esperar até quinta-feira e se o prefeito não cumprir, pelo que senti das entidades, vamos ter movimento contrário à prefeitura muito grande, com apoio de boa parte dos vereadores", afirmou, ao Só Noticias. "Existe uma equipe técnica da secretaria de Finanças, liderada pelo secretário, cujo objetivo técnico é arrecadar, arrecadar, arrecadar. Mas não é bem assim. Se a arrecadação não está sendo suficiente, o prefeito tem que cortar cargos, reduzir secretarias, baixar gastos", cobrou.

A vereadora Neiva (PMDB), também da base aliada, disse que é preciso "respeitar o que foi acordado. A prefeitura não cumpriu. Nos disse que aumentaria 20% e tem moradores pagando 70%, 80% a mais. Temos que ter seriedade no que se fala. Foram 40 dias de trabalho e estudos das entidades para chegar a um reajuste justo. Então, o primeiro passo é respeitar as pessoas, as entidades que trabalharam. A prefeitura deixou os vereadores da base aliada em situação muito desconfortável", criticou Neiva.

"A prefeitura tem que recuar e aplicar os 20% que prometeu. Já há posicionamentos que, se a prefeitura não cumprir o que foi acordado, será manifestado para a população não pagar o IPTU", revelou a vereadora.

O vereador Fernando Assunção (PSDB) disse que não ficou surpreso com o posicionamento da prefeitura. "Em nenhum momento acreditei no posicionamento do prefeito de aumentar 20% logo que se reuniu com entidades. Ele manteve aumento abusivo com este aumento. Em Sorriso, por exemplo, subiu menos de 7% o IPTU. Não aceitamos estes percentuais e a prefeitura tem que cumprir o que prometeu" .

Antes da sessão, diretores e representantes de entidades se reuniram com vereadores e também cobraram posicionamento da câmara contra a decisão da prefeitura de reajustar o imposto em mais de 40%. A OAB não descarta acionar a justiça.

No final do ano passado, a prefeitura fez projeto que traria aumentos superiores a 50% no IPTU. 15 entidades que representam todos os segmentos da sociedade pressionaram o prefeito Juarez Costa e ele recuou. As entidades fizeram lenvantamentos, estudos e ficou acertado que, para 2015, o reajuste médio seria de 20%. Após várias negociações com prefeitura e câmara, ficou definido que este seria o percentual médio aplicado. Porém, na prática, a prefeitura aumentou mais do que estava previsto o que está gerando fortes críticas, considerando também que o momento atual em Sinop é de adversidades econômicas em alguns segmentos.

 

 

 

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