sexta-feira, 26/abril/2024
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Silval diz em delação que assumiu esquemas de Blairo e Pagot

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O ex-governador Silval Barbosa (PMDB) disse, em delação premiada feita aos procuradores da República,  que trata sobre fraudes e desvios milionários em obras de pavimentação de rodovias, no programa MT Integrado, e pagamento de R$ 53 milhões em propinas para cinco conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE) em troca de complacência com irregularidades, Silval revelou que para cumprir o compromisso, lançou mão de métodos utilizados pelo seu antecessor, o ministro da Agricultura Blairo Maggi (PP).

Segundo o ex-governador, em 2014, numa ocasião em que os superfaturamentos e desvios dos contratos com as empresas licitadas no programa MT Integrado (asfaltamento) e aumentos no duodécimo do TCE (repasse constitucional) não foram suficientes para pagar a propina aos conselheiros, precisou fazer empréstimos com bancos para suprir o esquema, o que, segundo ele, já ocorria com esse objetivo espúrio desde a gestão de Blairo, com a participação do ex-secretário Luiz Antônio Pagot.

Silval também contou aos procuradores que assumiu dívidas deixadas pela gestão de Blairo Maggi, como o financiamento de R$ 73 milhões para Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH’s) do Rio Juruena, empreendimento do qual metade do valor foi parar na propina aos membros do TCE. As informações foram reveladas em reportagem da TV Centro América.

Blairo negou as acusações. Disse que não tem nada a declarar, uma vez que o programa foi criado em 2013, quando ele não mais fazia parte do governo do Estado.

O ex-secretário de Infra-estrutura Públicas Luiz Antônio Pagot disse acreditar que Silval Barbosa esteja “fazendo confusão” com os períodos porque não trabalharam juntos no governo. “Posso assegurar que nenhum esquema com banco ou empreiteira foi feito. Fizemos obras de qualidade e todas elas foram pagas”. Ele relatou que trabalhou por 30 meses na secretaria (2003 e 2005), onde tocou centenas de obras com baixo orçamento, mas sem nunca precisar fazer financiamentos bancários e sempre com as contas aprovadas pelo TCE, o que refuta a afirmação de Silval. Pagot lembra que depois da secretaria de Infra-estrutura foi para a chefia da Casa Civil, onde manteve poucos contatos institucionais com Silval, que ainda era deputado estadual. Já na segunda gestão de Blairo, quando Silval foi para a vice-governadoria, Pagot ressalta que já estava na em Brasília, atuando na diretoria do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit).

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