quarta-feira, 1/maio/2024
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Média diária de multas no trânsito chega a 855 em Mato Grosso

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As dez infrações mais cometidas por motoristas mato-grossenses dentro e fora do Estado resultaram na emissão de 312.078 multas em 2014. Em média, por dia foram flagradas 855 situações que contrariam as leis nacional de trânsito. Do total de registros, 225.250 ocorreram em Mato Grosso e a conduta dentro de Cuiabá é responsável por 27,85% dos casos. Na Capital, foram emitidas 62.751 multas. Os números são do Departamento Nacional de Trânsito (Detran).

Os dados gerais do comportamento dentro de Mato Grosso apontam que a transitar em velocidade superior a máxima permitida para a pista, em até 20%, é a principal ocorrência, com 73.872 flagrantes.

Seguida da falta de uso de cinto de segurança (33.407) e velocidade 50% a mais que o permitido (29.537). No interior, a alta velocidade ocupa o primeiro e segundo lugar do ranking, 69.949 casos acima de 20% e 28.307 multas por excesso de velocidade superior a 50%. A terceira infração mais recorrente é conduzir sem possuir Carteira Nacional de Habilitação (14.791).

Na avaliação do diretor financeiro do Sindicato dos Centros de Formação de Condutores (SindCFC), Ronaldo Teles de Menezes o número representa uma soma de fatores, como a melhora da fiscalização dentro das cidades e nas rodovias, que contam com radares, e a falta de consciência dos motoristas, que aprendem as leis durante o processo de para adquirir a Carteira Nacional de Habilitação, mas acaba não agindo corretamente no trânsito no cotidiano.

Avalia que o número de infrações cometidas por condutores do Estado é alto, mas segue um padrão nacional. Quanto a velocidade, cita que o brasileiro é apaixonado por carro e muitas vezes termina desenvolvendo uma velocidade acima do permitido, especialmente quando a pista é boa. Por isso, é a favor dos radares, que termina por coibir práticas que colocam em risco a segurança de motoristas e pedestres.

“Leva multa quem quer. As leis são de conhecimento de todos, são ensinadas nas escolas. Mas cada um define se vai respeitá-las ou não. Vai de pessoa para pessoa”. Pontua que as escolas responsáveis pela formação dos condutores cumprem a legislação, que prevê 45 aulas teóricas e 25 horas de aulas práticas para habilitação Categoria B e 20 horas para Categoria A. Na avaliação de Menezes o tempo de atividade é baixo, se comparado com os regimentos empregados em países desenvolvidos.

Porém destaca que existe a preocupação durante a formação em demonstrar a legislação e a importância de segui-la. “Mas infelizmente as pessoas aprendem somente quando sentem no bolso”.

O aspirante a Oficial da Polícia Militar, Cirano Ribas de Paula, lotado no Batalhão de Trânsito de Cuiabá, destaca que o comportamento inadequado dentro da cidade e nas rodovias é diferenciado.

Enquanto nas rodovias os motoristas costumar a correr mais, na área urbana as infrações mais comuns são o uso do aparelho celular, enquanto dirige, e a falta de cinto de segurança. O policial frisa que os dois comportamentos mais corriqueiros dentro das cidades são tão graves, quanto a alta velocidade e também colocam em risco a segurança no trânsito, especialmente conduzir e usar o aparelho de celular, simultaneamente. “A pessoa que está falando no telefone, ou mandando mensagem, perde o foco central que é a atenção no trânsito. Vemos isso a todo momento dentro da cidade”

O que já faz parte da realidade de muitos motoristas pode provocar um acidente grave, até mesmo com mortes. “Muitos motoristas desconsideram os riscos por achar que nunca vai acontecer com eles, até que um dia acontece”.

No entendimento do policial, um dos motivos que leva motoristas a desrespeitarem a lei, quanto ao uso do celular, é o valor da multa: R$ 85,13. “É o mesmo preço desde 2007, quando esse valor era considerado alto para época. Mas não teve reajuste e ficou barato. Se fosse mais caro, com certeza as pessoas pensariam antes de usar o celular”.

Assim como Menezes, o aspirante Cirano cita que a punição financeira é eficaz. “Quando “dói” no bolso, o motorista pensa duas vezes”.

A falta do uso do cinto de segurança também riscos para a condutores e passageiros. O equipamento é obrigatório e ignorar a lei pode ocasionar em multa de R$ 127,69 por passageiro sem o cinto de segurança, além de cinco pontos na CNH. A infração é considerada grave.

O relatório do Detran sobre as multas praticadas em todo o Estado, a falta de cinto de segurança é a segunda maior infração flagrada nas pistas e dirigir falando ao celular é a quinta. O documento que considera somente a conduta no interior do Estado demonstra que a falta do cinto de segurança fora da Capital é a quinta infração e o uso do celular não está entre as dez infrações mais cometidas.

Dirigir sem CNH, conduzir veículo sem documentação regular, estacionar em locais proibidos, ultrapassagem irregular e passar no pedágio sem pagar também estão entre as condutas ilegais mais cometidas pelos matogrossenses dentro e fora do Estado.

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