sexta-feira, 26/abril/2024
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Setenta lojas são fechadas em shoppings de Mato Grosso em 2016, revela pesquisa

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Setenta lojas foram fechadas nos shoppings de Mato Grosso no último ano. Ao fim de 2016 havia 978 empresas ativas nos 5 empreendimentos em operação no Estado. Em 2015, elas somavam 1,048 mil. De um ano para o outro, a vacância nos shopping centers mato-grossenses aumentou 6,67%, taxa superior àquela verificada no âmbito nacional, que atingiu 4,6% no mesmo período. A desocupação observada em 2016 é recorde para os últimos 6 anos, como revela o Censo Brasileiro de Shopping Centers 2016/2017, divulgado pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce).

O menor índice de vacância foi registrado em 2011, quando aumentou 1,7% sobre o ano anterior. A quantidade de empresas fechadas no último ano nos shoppings também foi levantada informalmente pela União dos Lojistas de Shoppings de Mato Grosso (Unishop), que identificou 65 lojas e quiosques extintos em 3 shoppings da Capital e região metropolitana. A entidade calcula que 500 colaboradores diretos tenham perdido seus empregos. “Se computarmos as lojas fechadas em shoppings de Mato Grosso temos algo como 70% de um shopping vazio”, comenta o presidente da Unishop, Júnior Macagnam.

Ainda conforme os últimos censos da Abrasce, a quantidade de empregos mantidos nos shoppings do Estado totalizou 12,032 mil em 2016 e 10,496 mil em 2015. Os números apontam aumento de 14,63% ou 1,536 mil novos postos de trabalho gerados de um ano para o outro, apesar da queda no número de lojas. Resultado que se contrapõe ao desempenho obtido com as vendas nesses empreendimentos, que movimentaram R$ 1,660 bilhão no Estado em 2016, ante R$ 1,837 bilhão no ano anterior, baixa de 9,63%.

Para este ano, a Abrasce projeta que sejam faturados R$ 2,064 bilhões com as vendas nos 5 shoppings ativos no Estado. “As vendas caíram drasticamente e os custos continuam altos”, expõe uma empresária que optou pelo anonimato. “Venho enfrentando dificuldades há 1 ano, período em que as vendas vêm caindo”, relata, em referência às operações de uma das lojas instaladas num shopping da capital. Caso não consiga chegar a um acordo com a administração do shopping para reduzir os valores condominiais, ela fechará a loja no espaço. “Na ala do shopping onde mantenho a outra loja já foram encerradas umas 3 operações”.

Depois de mais de uma década com o empreendimento comercial ativo em um shopping da capital, outra empresária que não quis se identificar decidiu encerrar as atividades no local. Optou por manter apenas a unidade matriz, fora de shopping e onde funciona há 40 anos. “Decidi unificar num mesmo endereço. O custo operacional no shopping é muito alto e aumenta todo ano”, afirma. “Reajusta o condomínio, que é pago à parte do aluguel. Os administradores dos shoppings terceirizam o estacionamento, ganham em cima e a gente ainda paga IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) do estacionamento”.

Conforme ela, no último ano, o fluxo de clientes diminuiu cerca de 10% em comparação com 2015. “Este ano ainda não reagiu e a tendência é ficar assim. Então, para não ver o prejuízo aumentar e conseguir pagar funcionários e fornecedores, resolvi fechar”. Ela diz que metade dos 27 funcionários que atuavam no empreendimento fechado na última semana poderá atuar na unidade matriz. “Deixamos todo mundo à vontade para decidir pelo que achar melhor”.

Para o presidente da Unishop, o grande desafio dos empreendedores para 2017 será encontrar empresários dispostos a investir. “No ano passado foram fechadas mais de 3,3 mil empresas em Mato Grosso”, prossegue Macagnam. Segundo ele, esse desempenho negativo alçou o Estado à 8ª posição no ranking nacional de extinções de empresas. “A crise está além dos shoppings”. Para ele, a crise econômica nacional somada à elevada carga tributária para micro e pequenas empresas, que representam mais de 70% dos estabelecimentos mato-grossenses, contribuem para esse encolhimento dos negócios no Estado. 

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