Luciano Huck confirmou que não será candidato à Presidência da República em 2018. O apresentador escreveu artigo para o jornal “Folha de S.Paulo” desta segunda-feira (27), algo adiantado no dia anterior pelo colunista Lauro Jardim, de “O Globo”. O marido de Angélica frisou ainda que vai manter o seu engajamento em prol do país. “Com a mesma certeza de que neste momento não vou pleitear espaço nesta eleição para a Presidência da República, quero registrar que vou continuar, modesta e firmemente, tentando contribuir de maneira ativa para melhorar o país”, escreveu. “Vou bem além da voz amplificada enormemente pela televisão que amo fazer, do eco monumental das redes sociais que aprendi a tecer, do instituto que fundei há quase 15 anos e de todos os meios que o carinho das pessoas me proporcionou”, acrescentou.
Huck diz que é preciso saber agregar
Na publicação, o comandante do “Caldeirão do Huck” diz que é preciso agregar: “Uma coisa que acredito saber fazer”. “Agregar as mentes sábias que fui encontrando em diferentes camadas da sociedade, dentro e fora do Brasil, pessoas extremamente capazes e dispostas de fato a conjugar o verbo servir no tempo e no sentido corretos. Vou trabalhar efetivamente para estruturar e me juntar a grupos que assumam a missão de ir fundo na elaboração de um pensamento e principalmente de um projeto de país para o Brasil”, completou. Angélica já havia dito, em abril, que ele não tinha intenção de ser candidato.
‘Para agregar não é preciso cargo’, acredita Huck
Antes de tomar sua decisão, o apresentador havia recebido um ultimato da cúpula da Globo e a emissora já planejava substitui-lo por Marcio Garcia. “E, para isso (agregar), não são necessários partidos, cargos, nem eleições”, opinou. “Essa intenção já está viva através dos movimentos cívicos dos quais me aproximei com bastante interesse e intensidade. E de outras iniciativas que estão por vir”, afirmou. Em seu artigo, Huck cita ainda o combate à corrupção. “Quero registrar de novo que entre as percepções que confirmei nesses últimos meses está a convicção de que não há nada mais importante do que tomarmos consciência da importância da política e de que precisamos nos mover concretamente na direção da atuação incisiva, para que não sejamos mais vítimas passivas e manobráveis de gente desonesta, sem caráter, despreparada e incapaz de entender o conceito básico da interdependência ou de pensar no coletivo”, indicou.
‘Tenho fé no Brasil’, afirmou apresentador
Ainda na publicação, diz que é preciso “trabalhar para soluções coletivas inteligentes e inovadoras para o país e não de focar o próprio umbigo ou de alimentar polêmicas pueris e gritas sem sentido”. O apresentador se questionou ainda quando seu nome passou a ser sugerido na corrida presidencial. “Depois de alguma reflexão, ela veio e me pareceu muito clara: minha exposição pública e, espero, meu jeito, minhas características, minha personalidade e a forma como vejo o mundo. As mesmas forças que me movem desde sempre me levaram a esse lugar”, sugeriu.
‘Não contem comigo para presidente’, frisou
Em suas palavras, Huck diz ter enorme paixão e curiosidade pelo outro (“talvez a única virtude) e que nunca levantou a mão para se apresentar como candidato. Por fim, faz um pedido para quem lhe acompanha: “Pode acreditar: vou atuar cada vez mais, sempre de acordo com minhas crenças, em especial com a fé enorme que tenho neste país”. “Contem comigo. Mas não como candidato a presidente”, finalizou.
(Purepeople)