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Luísa Sonza avalia nova fase de carreira: “não me importo com críticas”

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A voz doce e o jeito de menina de Luisa Sonza conquistaram os milhares de inscritos em seu canal do YouTube, meio pelo qual ela ficou famosa ao interpretar canções românticas. Mas a jovem cantora, de 19 anos, não estava satisfeita com a imagem que imprimia e com o som que fazia.

Nascida e criada no interior do Rio Grande do Sul, Luísa não expunha o seu gosto pelo funk, por festas e por danças sensuais com medo das críticas que poderia receber dos poucos moradores de sua região. A sua libertação veio com o seu single Rebolar e na noite desta quarta-feira (4) se reafirma com o lançamento do clipe e da música Devagarinho em todas as plataformas digitais.

“Desde Rebolar, que foi a música da minha vida, me libertei totalmente. Foi um turbilhão de coisas. Sou muito nova e me permito aprender comigo mesma e evoluir. Antes eu tinha muito vergonha de ser quem eu era. Vim de um lugar muito machista, morei até os 17 anos, em uma cidade de poucos habitantes, em que a mulher não dançava, o funk era proibido… Eu gostava, mas morria de vergonha porque eu achava que o que eu gostava era errado. Eu gostava de ser uma pessoa mais sensual, de festa, mas eu sabia que seria julgada”, relembra ela, que mesmo assim sempre teve o apoio dos pais para buscar o que lhe dava prazer.

Depois da mudança para São Paulo, onde vive com o marido Whindersson Nunes, Luísa foi amadurecendo e perdendo o medo de revelar a sua verdadeira personalidade.

“À medida que fui crescendo e após me mudar para São Paulo, percebi que não estava tão feliz cantando só músicas românticas e mais lentas. Faltava alguma coisa e resolvi fazer Rebolar. Hoje me sinto a pessoa mais feliz do mundo em lançar Devagarinho. Nem me importo com crítica porque eu estou feliz”, afirma ela.

Isso não quer dizer que no seu repertório as músicas românticas e lentas estejam proibidas. A cantora quer inovar musicalmente e não se prender apenas a um determinado estilo.

“Um dia posso voltar a fazer música romântica. Está dentro de mim. Sou muito nova e posso transitar em vários ritmos. Vou fazer tudo o que vocês possam imaginar. Adoro Beatles, Marília Mendonça, Gusttavo Lima, Anitta… A gente tem que se permitir mais e não ficar presa a um estilo musical.”

Carreira internacional? Ela sonha com isso, mas assim como o título de sua nova música, quer dar os passos devagarinho.

“Claro que eu tenho a vontade de fazer carreira internacional, mas quero conquistar o Brasil ainda e fazer com que o Brasil me conheça”, diz ela, que tem mais de 8 milhões de seguidores no Instagram, rede em que é considerada uma personalidades com um público de maior engajamento.

“Depois penso em expandir minha carreira para fora do país. Tudo com calma dá mais certo. Não adianta eu querer ir para lá, se o Brasil ainda não conhece a minha música. Quero criar raízes e fazer com que o Brasil goste da minha música”, continua ela.

(Revista Quem/Globo)

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