Apesar da pouca idade, Isabella Santoni afirmou que já passou por muitas transformações no pensamento. Capa da revista “Glamour” de setembro, a intérprete de Charlotte, da novela “Orgulho e Paixão”, disse que o teatro lhe ajudou a afastar preconceitos e ter uma nova visão do mundo: “Quando comecei a estudar teatro tinha um pensamento muito ortodoxo, quadrado. Vinha de uma família tradicional, ia para a igreja católica todo domingo… Não entendia bem por que as pessoas eram homossexuais, recriminava quem bebia muito ou usava drogas. Freud fala que uma hora você ‘mata’ seus pais, né? Brinco com a minha mãe que, quando comecei a fazer teatro, eu os ‘matei’ e passei a ver o mundo pelos meus olhos”.
Atriz dialoga com a mãe sobre preconceito: ‘Passei a alertá-la’
Assim como Laura Neiva, a atriz contou que dialoga com a mãe sobre preconceito e aproveita para aconselhá-la de assuntos ditos como tabu no passado: “Minha mudança de postura refletiu também na minha mãe, que passou a se abrir e a me ouvir. Passei a alertá-la quando ela fazia comentários pequenos, daqueles que a gente não percebe. Tipo vermos um casal gay e ela falar: ‘Coitada da mãe deles”. E eu: ‘Coitada por quê? Tenho pena de quem não pode ser o que quiser’. Ela concorda e assim seguimos”.
Artista se preocupa com redes sociais: ‘Tenho responsabilidade’
A namorada do surfista Caio Vaz se preocupa com o que compartilha nas redes sociais e usa a internet a seu favor: “Para mim, é natural e, ao mesmo tempo, pensado, já que tenho responsabilidade sobre o que eu falo. A Malhação, que foi o meu primeiro trabalho na TV [em 2014], trouxe um público que cresce junto comigo. Meninas que estavam na escola e hoje são mulheres cursando faculdade. Então penso o que vou falar e como vou falar. Ultimamente tenho feito uns ensaios meus exclusivos para o Instagram. Escolho tema, fotógrafo, make. Uma amiga me ajuda no styling. Minhas redes sociais são a minha plataforma: onde controlo o que é falado e feito sobre mim e como quero me posicionar em relação aos assuntos. Quando viajei para Bali no ano passado, por exemplo, fiz trancinhas no cabelo e recebi críticas de apropriação cultural. Em momento algum pensei que estava ofendendo alguém e não soube reagir na hora. Hoje pediria desculpas às pessoas que se sentiram ofendidas. Mas na hora, não deu, não sabia. E tudo bem. Busco a resposta transparente sempre”.