Cera, pinça, linha, laser… São tantos métodos de depilação que fica difícil de escolher um para fazer, mas as novidades oferecidas pela tecnologia não param por ai. A tendência do momento é fazer o procedimento conhecido por ser robótico e, mesmo usando um material parecido, apresenta resultados diferentes da depilação a laser e não deixa a pele flácida como a cera. Em entrevista para o Purepeople, a dermatologista Karla Assed explica como funciona a técnica de retirar os pelos e revela os prós e contras: “É a depilação que é feita por meio de um scanner que demarca a área a ser tratada e faz os disparos em toda essa região de forma homogenia.”
Diferença da robótica para outros métodos: ‘O laser tem atração pela melanina’
Para entender melhor o procedimento estético, é importante saber como ele é feito e, assim como a técnica de retirar pigmento da sobrancelha, o laser também é usado na depilação robótica. “O laser tem atração pela melanina, que é o pigmento do pelo”, esclarece a especialista ao acrescentar: “Tanto a depilação a laser quanto a robótica vão aquecer o folículo piloso e com isso promover um aquecimento do bulge, que são as células germinativas que ficam ao redor do folículo, destruindo o pelo e fazendo com que ele não cresça de novo.” A técnica é semelhante com a da fotodepilação, que é conhecida por ser menos dolorida: “A fotodepilação vai ter o mesmo mecanismo, mas promove um aquecimento menor e por isso demora mais para destruir os pelos, tendo mais chances de complicações.” A grande diferença entre os três métodos está no material utilizado. “A depilação robótica é realizada com o laser de Nd:YAG, diferentemente da tradicional que utiliza o laser diodo (Light Sheer) e usa um scanner para realizar o procedimento”, diferencia a médica ao apontar: “Já a fotodepilação é feita com luz intensa pulsada.”
Qual o papel do scanner? ‘Faz todo o mapeamento da área’
Além de ser realizada com outro laser, a depilação robótica conta com um utensílio a mais: o scanner. “A ponteira robótica com o scanner é apoiada sobre a área a ser tratada e aciona-se o pedal”, desvenda a profissional ao contar o papel do instrumento: “O scanner faz todo o mapeamento da área e vai dando os disparos, que podem ser lineares ou randomizados, dependendo do que o médico selecionou antes.” A maneira como esse método de retirar os pelos trabalha é mais eficaz do que os outros: “Vai disparar o laser em toda a área a ser tratada de forma uniforme, sem o risco de dar disparos repetidos na mesma área.”
Prós e contras do procedimento: ‘Pacientes de qualquer fototipo’
Alguns estilos não são indicados para pessoas negras como é o caso da fotodepilação, mas não há essa restrição para fazer a robótica. “Essa depilação tem excelentes resultados e pode ser feita em pacientes de qualquer fototipo, inclusive negros”, comenta Karla, que já apontou a solução para quedas de cabelo, ao revelar as contraindicações do procedimento: “Deve ser evitado em pacientes bronzeados e não é indicado em pacientes que depilaram com cera ou pinça num período menor que 1 mês.” Para não correr riscos, a dermatologista recomenda fazer a técnica com um especialista e esclarece o motivo: “A depilação robótica é muito segura, podendo ocorrer eritema e edema perifolicular transitório, o que é desejado. Porém qualquer procedimento a laser pode causar efeitos adversos se não for bem indicado ou feito por profissional não capacitado. Os mais raros são bolhas e Hipo ou hipercromias.” Para quem quer testar esse método, a profissional sugere: “Pode-se aplicar um creme de corticoide ou um creme calmante após.”