Enquanto revelar a idade para alguns ainda é um tabu, Preta Gil não tem problema algum com isso. A cantora celebra 44 anos nesta quarta-feira (08.08) e está melhor do que nunca. “Todos envelhecemos a cada segundo e isso é inevitável. Não encaro o passar dos anos como um ‘bicho papão’. Sempre me relacionei com diversas gerações e isso faz com que esse peso dado à passagem do tempo não me incomode”, disse em entrevista exclusiva à Vogue.
Como uma boa festeira, Preta fará uma celebração nesta noite “para muitos amigos íntimos” que será uma Blacktape [festa que ela lançou no Carnaval de Salvado]. Para a ocasião, ela pediu que Helô Rocha, estilista e sua amiga próxima, fizesse um look exclusivo [abaixo, veja o croqui em primeira mão]. “Ela sabe muito sobre mim e adorei o resultado.” A seguir, a cantora adianta mais detalhes da comemoração, fala sobre como lida com a idade e ainda do seu processo de aceitação do corpo.
Como será o look para a celebração dos seus 44 anos?
Eu queria algo preto, porque a festa leva o nome da Blacktape, uma label party que criei no Carnaval de Salvador, mas que nasceu para ser itinerante. Então resolvi fazer uma edição fechada no Rio. Confiei a missão à minha amiga Helô Rocha, que foi quem fez meu vestido de noiva. Ela sabe muito sobre mim e adorei o resultado!
Será uma festa íntima, só para os mais próximos, ou um festão?
Sou suspeita porque sempre tive um pendor para grandes festas, principalmente por conta de eu ter muitos amigos e querer celebrar com eles. A vida é muito corrida, o tempo passa rápido, então sempre que posso eu tento reunir meus amigos. Será para muitos amigos íntimos [risos].
Aos 44 anos, você é uma pessoa que tem um espirito superjovem. Como lida com o envelhecimento?
Lido da maneira natural, todos envelhecemos a cada segundo e isso é inevitável. Não encaro o passar dos anos como um “bicho papão”. Sempre me relacionei com diversas gerações e isso faz com que esse peso dado a passagem do tempo não me incomode. A saúde passa a ser prioridade: cuidar da alimentação e da saúde mental e espiritual. Aprendi em cada fase e por isso agradeço por viver cada dia. Gosto de ser avó, de ver meu filho evoluir, de fazer novas amizades e ainda cultivar amigos de décadas. A mente não envelhece quando a gente não quer. Estou me sentindo ótima!
Você costuma fazer posts sobre a aceitação do seu corpo nas redes sociais. Como foi esse processo?
Em casa todos eram respeitados por ser como eram, não tinha essa de julgar, de achar que fulano era pior ou melhor por ser assim ou assado. Somente quando entrei na carreira artística, aos 29 anos, que percebi que o que eu achava natural era alvo de um patrulhamento estético e comportamental. Acabei caindo nessa pilha errada de fazer lipoaspiração, dietas de me privar de comer o que gostava…Tudo para satisfazer os outros e caber num padrão ilusório e irreal. Demorei um pouco a perceber que errado eram os outros. A partir daí, comecei a prestar mais atenção na saúde do que na estética.
(VOGUE/GLOBO)