sexta-feira, 26/abril/2024
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Usuários do SUS poderão fazer transplantes de rins em Mato Grosso

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Pelo SUS – Sistema Único de Saúde – são feitos transplantes de rins, córnea, enxerto ósseo e, em breve, medula óssea. Os serviços para transplantes de rins estão sendo incrementados em Mato Grosso. No próximo dia 27 o Estado recebe a visita técnica de uma equipe do Ministério da Saúde (MS), para credenciamento do Laboratório de Histocompatibilidade, o que aumentará a possibilidade de realização de transplantes para os usuários do SUS em Mato Grosso.

Isso vai significar mais agilidade nos serviços e a acessibilidade nos exames laboratoriais exigidos, principalmente o de histocompatibilidade. Atualmente, Mato Grosso todo envia os exames para os estados de Goiás, Paraná e Distrito Federal. Outro ponto positivo para o transplante renal é o aumento da chance de encontrar rins compatíveis de doadores cadáveres. O Estado, atualmente, só estava fazendo o procedimento com doadores vivos.

Do ano de 2004 até hoje, foram realizados 32 transplantes renais, de doadores vivos. A lista de espera está em 667 pacientes. Destes, 350 possuem exame de histocompatibilidade, que é requisito indispensável para a realização do transplante, aguardando doador. Todos os pacientes pertencem a uma lista única do Estado.

No Estado de Mato Grosso o transplante renal é realizado no Hospital Geral Universitário (HGU) e na Amecor, sendo essas unidades de Saúde credenciadas pelo Ministério da Saúde com uma equipe médica com quatro médicos, sendo especializados em nefrologia e urologia.

O Estado esclarece que a unidade de saúde que atende esses pacientes tem obrigação, segundo a Portaria 346/2000, do Ministério da Saúde, de acompanhá-los e dar o atendimento necessário pelo resto da vida. A equipe médica do Hospital Santa Rosa, que resolveu pedir o seu descredenciamento para a realização dos transplantes, porém, tem a responsabilidade obrigatória, pela mesma Portaria, de acompanhar todos os pacientes que atendeu quando na vigência do seu credenciamento, não podendo abandonar nenhum paciente que atendeu por obrigatoriedade do cumprimento das normas e regras que regem o serviço de transplantes no país. A Secretaria de Estado de Saúde está em negociação com o referido hospital para que o mesmo retorne a realizar os exames de dosagem de ciclosporina aos pacientes transplantados.

O Estado, no serviço de atendimento ao paciente com problema renal, que necessita dos serviços de hemodiálise, tem equipes credenciadas pelo SUS, em Cuiabá, na Clínica Renal, no Hospital Geral Universitário, no Instituto de Nefrologia de Mato Grosso, no Hospital Santa Helena, na Santa Casa de Misericórdia e no Centro de Nefrologia de Cuiabá. Os serviços são ofertados também nos municípios de Rondonópolis, Cáceres, Sinop, Várzea Grande e, em breve, Tangará da Serra.

Sobre o transplante de córnea, o Estado fornece o serviço, porém, os exames ainda estão sendo feitos fora de Mato Grosso. O Ministério da Saúde está preste a liberar o credenciamento do Banco de Olhos para a realização desses exames. Na lista de espera existem 497 pessoas aguardando por doação de córneas. Mato Grosso tem equipe médica credenciada, apta ao serviço, que é realizado no Hospital de Olhos. A equipe médica é composta por dois especialistas em oftalmologia.

O transplante de enxerto ósseo já é realizado em Mato Grosso, tendo equipe credenciada e é feito na Santa Casa de Misericórdia. A equipe médica é compostas por três especialistas em ortopedia.

A vinda da equipe do Ministério da Saúde, no dia 27, significará um passo muito importante na oferta de serviços de transplantes da rede SUS. A equipe do Ministério, além de credenciar o Laboratório de Histocompabilidade que funcionará no Hospital Geral Universitário, também credenciará a equipe médica apta a realizar o transplante de medula óssea.

Segundo a coordenadora da Central de Transplantes, Fátima Melo, a grande dificuldade para a realização do transplante ainda é a espera do doador. “Para tanto a Secretaria de Estado de Saúde, em conjunto com os hospitais públicos e conveniados com a rede SUS, está reorganizando os serviços das Comissões Intra-hospitalares de Transplantes, que têm a missão de trabalhar na abordagem junto às famílias dos pacientes nos quais foram comprovadas morte cerebral e, também, às pessoas que faleceram nos hospitais cuja causa mortis foi por acidente ou trauma que não comprometeram os órgãos, na possibilidade de sensibilizar as famílias para a doação, obedecendo as normas, regras e legislação do Ministério da Saúde no que tange á lei do transplante. Esses serviços já estão sendo desenvolvidos a partir desta segunda quinzena de março,” disse .

O Estado esclarece, ainda, que são dois tipos de doadores existentes, o doador vivo e o doador cadáver. O vivo pode ser qualquer pessoa saudável que concorde com a doação. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea e parte do pulmão. Pela Lei, parentes até o quarto grau e cônjuges podem ser doadores. Não-parentes somente com autorização judicial.

Doadores cadáveres são pacientes com morte encefálica havendo uma preservação das funções cardio-pulmonares e geralmente vítimas de traumatismo craniano ou AVC (derrame cerebral). O diagnóstico de morte encefálica é regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina, que exige vários exames que comprovem a morte. Os exames são confirmados por um médico intensivista e por um médico neurologista. A doação é permitida somente com o consentimento da família.

O Estado esclarece ainda que a retirada dos órgãos é realizada em Centro Cirúrgico após os exames que comprovam a morte cerebral. O Estado esclarece que os órgãos doados vão para pacientes que necessitam dos transplantes e estão aguardando na Lista Única definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Estado de Saúde, controlada pelo Ministério da Saúde.

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