domingo, 5/maio/2024
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Sinop: paciente que fez a 1ª cirurgia de estimulação cerebral profunda comemora resultados iniciais: “emocionantes”

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Só Notícias/Kelvin Ramirez (foto: divulgação)

O sinopense Gerdion Rodrigues Silva, de 42 anos, foi o primeiro paciente na região Norte do Mato Grosso submetido a cirurgia para doença de parkinson, no último sábado, em Sinop. O procedimento que consiste em uma técnica de estimulação cerebral profunda (DBS) com o paciente acordado, e é aplicado para tratar principalmente distúrbios do movimento como tremores, rigidez e dificuldades para andar e lentidão de movimento, foi um sucesso, e agora, ele segue em recuperação antes de iniciar a próxima fase do procedimento.

“Foi dentro do esperado, seguindo um cronograma de horários, estou em recuperação, já recebi alta, estou em casa e começando a fazer aquele procedimento de cuidado. Estou bem e sem dor”, descreveu.

Gerdion revela que sentiu os benefícios de forma instantânea, mas ressaltou que os sintomas devem aparecer de forma leve até que os eletrodos sejam ligados. “Já na cirurgia, no momento em que os eletrodos são introduzidos beneficia a pessoa de imediato. Os tremores somem e a rigidez some, a gente já sente uma melhora. Mas como o doutor falou que, no momento, esse benefício é temporário e agora é se recuperar para ligar os eletrodos. E ligados a gente tem um resultado permanente por um bom tempo”.

Gerdion teve os primeiros sintomas da doença aos 35 anos, sentia dificuldades em pequenos movimentos, como escrever ou pegar algum objeto. “O parkinson trava você, deixa o braço maleável e você não consegue pegar objetos, não consegue segurar uma ferramenta, e eu tinha dificuldade em escrever meu nome. Começava com a letra normal, ficava bem pequeno, foi piorando e se tornando ilegível. A digitação do teclado era complicada e isso me atrapalhava no trabalho, aí eu comecei uma busca por tratamento e descobri que era parkinson. Graças a Deus as coisas aconteceram e conheci esse médico”.

Com a recuperação em andamento, o aposentado pretende, juntamente com a esposa, ir a lugares que não frequentava mais nos últimos anos. “Eu gostava de sair com os amigos, pescar, ir a igreja e, com esses sintomas, ficava envergonhado, pois não sabia o que era, muitas pessoas criticavam. Melhorando agora pretendo passear, viajar, ir em um restaurante, dar uma volta nos parques, caminhar e se puder até aprender a tocar um instrumento. A perspectiva é de melhorar de vida, eu e minha esposa termos uma vida melhor”, apontou.

O procedimento DBS é realizado com o paciente acordado e Gerdion descreveu os bastidores da intervenção, que segundo ele, foram emocionantes. “A medicina é assustadora porque uma injeção assusta a pessoa e a situação que você está encara qualquer coisa, mas me senti tranquilo e o procedimento é seguro. Eu sei que estava acordado, via os médicos falando, eles comemorando os resultados e, de certa forma, isso foi emocionante”.

Após a terceira semana, ele inicia o processo de programação dos eletrodos, segundo o neurocirurgião Pablo Fruett. “Ele fica três semanas com o aparelho desligado e isso é necessário para que ele cicatrize tudo. Depois, começa a vir para gente ligar o aparelho e programar. Existem 45 mil programações diferentes e a gente não pode achar que vamos (definir) de primeira. É quase impossível, mas vamos programando aos poucos para controlar os sintomas dele”, explicou o médico.

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