Durante três horas professores, vereadores, secretários municipais e representantes de entidades estiveram reunidos, esta tarde, na câmara, para definir novas medidas de combate a dengue. O ponto mais debatido foi a conscientização da população. Os professores também cobraram da prefeitura para que as multas passem a ser aplicadas. Existe uma lei municipal que autoriza fiscais sanitários a aplicar multas (100 UR – Unidade de Referência – que tem o valor de R$ 1,56) se houver focos do mosquito transmissor da doença em locais anteriormente notificados. Recentemente, o secretário de Saúde, Alberto Kinoshita, admitiu que a prefeitura não estava aplicando multas em donos de imóveis onde há focos da dengue temendo que proprietários barrem os agentes de saúde nas fiscalizações futuras.
Inicialmente, as ações terão um período de execução que inicia no dia 14 deste mês e vai até o dia 5 de fevereiro. A primeira será vistoriar o setor comercial onde se concentram 80% dos focos em calhas e os bairros com maior número de infestação. O segundo passo será as equipes fiscalizarem ferros velhos, borracharias e locais que armazenem pneus, sucatas e materiais recicláveis. Haverá vistorias, limpeza e manutenção de prédios públicos e também de áreas verdes e do lixão municipal. Após esse período o trabalho será feito de dois em dois meses.
Serão feitas também mais armadilhas com garrafas pet para “prender” os mosquitos e evitar que se reproduzam. A diretora da escola Armando Dias, Janaina Soares Perez, disse que “junto com a associação de moradores estará sendo feita mobilização em todo o bairro Boa Esperança. Vamos mostrar o vídeo sobre a dengue e falar da importância da limpeza dos quintais, além de entregar sacolas de lixo para as familias”.
A advogada Ana Luisa cobrou responsabilidade dos donos de imóveis baldios. “Ao lado da minha casa existem terrenos cheios de mato, tem água empoçada e pode ser um criador do mosquito. Fui atrás dos proprietários por meio das imobiliárias e não obtive resposta E provavelmente nenhum desses proprietários foi notificado. É muito desrespeito”, criticou.
Além de professores, diretores e vereadores, participam do encontro secretários municipais, presidentes e dirigentes de associações e entidades, como a CDL – Câmara dos Dirigentes Lojistas-. A preocupação com a dengue é grande porque,e ste ano, 8 pessoas morreram. O caso mais recente foi de um professor, sepultado na última segunda-feira.
(Atualizada às 21:28h)