A Unidade de Terapia Intensiva da Fundação de Saúde Comunitária de Sinop (Hospital Santo Antônio) poderá ser credenciada no Sistema Único de Saúde para atendimentos as pessoas com casos considerados de alta complexidade. Ontem, uma equipe da Secretaria Estadual de Saúde vistoriou o hospital para emitir o laudo avaliando o funcionamento, a equipe médica, atendimentos e outros itens. O laudo é fundamental para o envio do pedido de credenciamento junto ao Ministério da Saúde. Atualmente, a unidade está credenciada para atender nos níveis de baixa e média complexidades, sendo assim, mantidas pelo Estado. São 6 leitos destinados ao SUS, dos 10 disponíveis no hospital. Com a mudança de ‘nível’, os repasses são feitos pelo governo federal podendo aumentar os investimentos, por exemplo, para reforçar a equipe médica e aparelhar a unidade.
De acordo com o diretor clínico, Alex Curi, adequações foram realizadas no hospital, visando o credenciamento. ” O hospital passou por todas as mudanças solicitadas ano passado, praticamente adequamos todas e, lógico, isso é uma coisa dinâmica, elas voltam e vão avaliar novas situações. Esperamos que, agora, com essas mudanças que foram executadas eles nos dêem o alvará para que possamos fechar a lista do solicitado pelo Ministério da Saúde”, explicou ao Só Notícias.
O diretor detalhou que “baixa complexidade seriam os postos de saúde, exemplo o Pronto Atendimento; média seria a estrutura que o hospital hoje e, alta complexidade são aquelas instituições que já tem Unidade de Terapia Intensiva, tem oncologia, cirurgias cardíacas e são os outros procedimentos de maior porte”.
O credênciamento da UTI seria o passo para habilitar também a área de oncologia do hospital, no Ministério da Saúde, nos atendimentos de altas complexidades e atendimentos pelo SUS. Atualmente, a oncologia também está credenciada em baixa e média complexidades. Segundo o administrador do hospital, Sérgio Guaraci, a área, que está em funcionamento há cerca de um ano, atende atualmente pessoas de toda a região Norte e, inclusive os que vêm do sul do Pará.
De acordo com o hospital, hoje, os atendimentos de alta complexidades se restringem na região Cuiabá-Várzea Grande. Os hospitais regionais como Colíder e Sorriso também são de baixa e média. ” Não quer dizer que não o façam [os procedimentos], fazem mas sem o hospital ter o credeciamento, isso influencia, na prática final, que a instituição deixa de arrecadar. Ela atende o doente, porém deixa de ter o retorno disto do Ministério da Saúde”, finalizou o clínico.
(Atualizada às 09:50h)