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Secretaria avalia medida emergencial para atendimento no PA de Sinop

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O Município de Sinop está sofrendo os reflexos de ter se tornado referência na área da saúde em todo o Norte do Estado. Quando o Pronto Atendimento Municipal (PA) foi aberto, atendia cerca de 25% do que atende hoje, o que significa um aumento de demanda em quatro vezes durante os seis anos de funcionamento.

Hoje, o PA tem atendido pessoas de vários municípios vizinhos, chegando, até mesmo, a acolher outros Estados como o Pará, por exemplo. O secretário de Saúde, Valério Gobatto, relembra que, na semana passada os leitos de estabilização do Pronto Atendimento estavam ocupados com três pacientes, sendo um de Americana do Norte, um de Novo Mundo e o terceiro de Novo Progresso (PA).

O Hospital Regional de Sorriso sofre casos semelhantes por ser conveniado ao Sistema Único de Saúde (SUS) e ter que prestar atendimento à toda a Região Norte. Já começam a faltar vagas para regular pacientes, inclusive de Sinop. Não menos diferente está a saúde pública da capital.

Já os números do PA de Sinop são bastante reveladores. Conforme os registros, há uma disparidade muito grande entre os procedimentos orçados e os realizados. As especialidades mostram um aumento de percentuais de pouco mais de 170%, ou seja, o orçamento é para 5,613 mil, mas somente no mês de outubro foram realizados 15,191 mil. O mesmo aconteceu com os atendimentos médicos com observação até 24h, com indicadores diferenciais de 121%.

Outro ponto, segundo Gobatto, que reflete muito bem a situação enfrentada são os atendimentos médicos de urgência e emergência. “Não há orçamento para este tipo de serviço, no entanto realizamos 3,232 mil no mês passado”, ressalta o secretário questionando se nesses números não podem estar inclusas pessoas de outros municípios.

Tanta manobra e exercício para não deixar a população sem atendimento têm gerado vários transtornos para a administração. O secretário revela que, neste final de semana, das 19h de domingo até às 7h de segunda-feira, foram atendidas 52 crianças. “Muitas pessoas reclamam pela demora no atendimento, mas vale lembrar que não deixamos ninguém sem ser atendido”, rebate.

A equipe, conforme Gobatto, é composta por um pediatra, dois clínicos e um ortopedista, mas mesmo assim não está conseguindo atender à contento, pois o derramamento de pessoas de fora tem sido muito grande.

Ao discutir o problema, o titular da pasta pondera que uma solução paliativa, talvez pudesse vir com a inauguração do Hospital Municipal. Por outro lado, ele alega que uma medida mais emergencial já está sendo discutida e poderá ser posta em prática já no início do ano que vem.

A saída seria a ampliação das equipes dos Postos de Saúde da Família (PSF), descentralizando o atendimento que está concentrado no PA. “Isso, ajudaria a inibir os municípios vizinhos que mandam seus munícipes para cá”, ressalta Gobatto chamando a atenção dos administradores para que melhorem sua estrutura de atendimento na saúde pública.

Outro ponto que Gobatto faz questão de chamar a atenção, e que na sua concepção tem atrapalhado bastante o bom andamento do órgão, é para as pessoas que buscam, na rede pública, um atestado a fim de justificar sua falta no trabalho. Segundo ele, estas pessoas somam um total de 30 à 40% nos atendimentos.

“É necessário que a população se conscientize e deixe o PA para resolver os casos de emergência, ou seja, que não tornem prioridade as consultas corriqueiras. É preciso que façam uma auto-análise de sua deficiência e recorram à Unidade de Saúde de seu Bairro onde poderão ser atendidos com mais calma sem gerar transtorno para os que realmente estão necessitando de atendimento de urgência”, finaliza.

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