O paciente que morreu em Cáceres, no sábado, com suspeita de febre amarela, nunca foi vacinado contra a doença. Dengue e hepatite também são possíveis causas da morte do cortador de cana de 42 anos que morava e trabalhava no município de São José dos Quatro Marcos. Ele apresentava todos os sintomas de febre amarela como a icterícia (coloração amarelada da pele e das mucosas), febre, vômito e alterações nas funções hepáticas e renais.
Diferente do que foi divulgado ontem pela assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Saúde (SES), os exames que comprovarão o motivo da morte do paciente serão divulgados na próxima semana. Eles são realizados pelo Instituto Evandro Chagas, no Pará.
A médica da Vigilância Epidemiológica da SES, Silbene Lotufo Muller, comentou que embora os sintomas se assemelhem ao da febre amarela, a icterícia, por exemplo, pode significar inúmeras doenças, como uma grave doença hepática.
Mesmo ainda no campo da suspeita, a secretaria já solicitou ao Escritório Regional de Saúde (ERS) em Cáceres e a Secretaria Municipal de Saúde de São José dos Quatro Marcos o levantamento da necessidade de doses de vacina contra a febre amarela. Novos lotes do medicamento serão solicitados ao Ministério da Saúde.
O governo quer evitar que pessoas como o cortador de cana continuem sem a imunidade contra a doença.
O temor é de que a contaminação do trabalhador tenha ocorrido em área urbana. Desde 1942, o Estado não registra esse tipo de notificação, apenas em regiões rurais. Por isso, medidas de controle como a borrifação para acabar com o mosquito Aedes Aegypti – que além da dengue, pode transmitir a febre amarela – já foram adotadas.