Depois de nove dias de greve, os 200 servidores da Ong FunSaúde voltaram hoje, ao trabalho. O fim da paralisação ocorreu mediante ao depósito da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) dos quatro meses de salários atrasados numa conta judicial do Banco do Brasil. Por enquanto, o grupo só aguarda o repasse para as contas individuais.
O valor pago foi de R$ 949,9 mil dos salários e benefícios atrasados desde dezembro de 2007. A decisão para o pagamento imediato foi do dia 2 de abril (quarta-feira) da 23ª região do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), do juiz José Hortêncio Ribeiro Júnior, de Barra do Garças.
Para o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Mato Grosso (Sindsep-MT), Carlos Alberto de Almeida, foi uma vitória da categoria mediante a pressão da greve, a união do grupo com os demais servidores e com o sindicato.
Desde segunda-feira (31), sete unidades do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) ligados à Funasa tiveram suas atividades interrompidas em Mato Grosso. Ao todo, os pólos de Barra do Garças, Campinápolis, Água Boa, Nova Xavantina, Primavera do Leste (Sangradouro) e Paranatinga atendem mais de 13 mil índios da etnia xavante nas mais diversas áreas, que passam por tratamento de saúde, odontológico e assistência social.
Apesar de encerrarem esse capítulo da discussão com a Funasa, os servidores enfrentam outro impasse. Os contratos com a FunSaúde só estão garantidos até o final do mês e se o órgão não resolver quem será a próxima entidade a assumir a função, o grupo não terá mais o emprego. Na tarde de hoje, a diretoria da Funasa em Brasília se reunirá para traçar os primeiros rumos.
Uma das possibilidades seria Fundação UNISELVA, entidade de apoio à UFMT, para substituir a FunSaúde.