quarta-feira, 11/dezembro/2024
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Rondonópolis: confirmado surto de leishmaniose

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O surto de leishmaniose visceral em Rondonópolis fez com que o Estado enviasse equipamentos para a realização de exames – para diagnosticar a doença -, no Município. Com isso, a verificação dos casos passa a ser mais rápida por conta da descentralização – antes os exames só eram feitos em Cuiabá.

Outra medida emergencial anunciada em conjunto pelas secretarias Estadual e Municipal de Saúde, nesta terça-feira em entrevista coletiva, foi o trabalho de borrifação que está sendo realizado nos bairros onde foi verificado casos da doença: Vila Mineira, Jardim Santa Fé e Marechal Rondon.

A incidência da leishmaniose visceral já matou seis pessoas nos últimos dois meses em Rondonópolis. Foram 18 casos confirmados na cidade desde 2007 até o momento. Um número que equivale à metade dos registros da doença em Mato Grosso feitos no ano passado.

Conforme dados apresentados durante a coletiva, os registros ainda superam em duas vezes os casos ocorridos entre 2001 e 2006. Ainda de acordo com a Secretaria Municipal, até novembro a média de registro de casos de leishmaniose era de um caso por ano, sem mortes.

Ontem, técnicos da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), responsável pelo trabalho de borrifação, estiveram no bairro Marechal Rondon. Eles visitaram a residência onde morava o servidor público Miguel Orozimbio, que morreu vítima de leishmaniose visceral em dezembro passado. De acordo com o secretário de Saúde do Município, Fábio Cardozo, foi feito o mapeamento de todos os bairros da cidade.

As medidas só foram adotadas depois de uma interferência de governador Blairo Maggi que enviou técnicos da Secretaria de Estado de Saúde.

Representando a SES, Benedito Campos disse que irá colocar à disposição do Município medicamentos adquiridos junto ao Ministério da Saúde. A Secretaria Estadual de Saúde vai ceder duas bombas motorizadas para pulverização em ruas, além da qualificação de médicos.

Na próxima semana está prevista a realização de um mutirão na cidade contra o surto, que tem assustado a cidade. Também será distribuído, nos próximos dias, material publicitário, capacitação dos funcionários das redes de saúde, além do controle ambiental.

Na semana passada houve qualificação dos agentes de saúde do Município, entre eles médicos e enfermeiros.

CAUSAS – Causada por um protozoário e transmitido por mosquitos das espécies lutzomyia longipalpis e lutzomyia cruzi, a leishmaniose visceral afeta principalmente o fígado e o baço dos infectados. A doença provoca febre, diarréia, hemorragia e, se não tratada, mata em 90% dos casos.

De acordo com Cardozo, a doença – que antes era restrita às
regiões de mata silvestres e rurais -, tem surgido cada vez mais próxima dos centros urbanos. Segundo ele, isso se deve ao crescimento populacional e às agressões ao meio ambiente.

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