Com nove casos de pessoas infectadas pela leishmaniose visceral e uma morte em janeiro, a Secretaria de Saúde de Rondonópolis tenta combater o surto com ações como mapeamento das áreas onde existem casos da leishmaniose, recolhimento dos cães transmissores da doença para mosquitos que infectam as pessoas e fazendo o bloqueio químico para a eliminação do mosquito flebótomo (transmissor) e atividades de educação em saúde. A explicação é do coordenador do departamento de saúde coletiva da pasta, Alencar Líbano de Paula. “Não há vacina específica, há uma que é divulgada mas o Ministério da Saúde e outros órgãos do governo Federal não aprovaram, pois é muito caro e eficácia reduzida”, disse, ao Só Notícias. Ano passado, foram registrados 37 casos e 6 pessoas morreram.
As ações que têm sido feitas, segundo Alencar, são ‘protocolos’ do Ministério da Saúde. Há algum tempo a doença tem atingido os cães, que são recolhidos e encaminhados a centros de controles de zoonoses. A secretaria ainda está trabalhando no levantamento populacional canino e dos contaminados.
O coordenador acrescenta que a doença não é transmitida direto do cão infectado ao humano e sim, por meio da picado do mosquito contaminado. “Tem que ser combatido o mosquito que se desenvolve em locais com pouca umidade mas que tem muito material em decomposição, resto de folhas, comidas”, apontou.
A Leishmaniose tem cura, dependendo do tipo da doença, é longo e doloroso pois são necessárias injeções diárias – dezenas ao longo do mês- que apresentam efeitos colaterais como alterações cardíacas, disfunção renal, anorexia, e problemas hepáticos.
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