terça-feira, 1/julho/2025
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Quatro hospitais de Cuiabá ameaçam entrar em greve por falta de repasse

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Desde a manhã de ontem, o Hospital Geral Universitário (HGU), Santa Casa de Misericórdia, Hospital do Câncer de Mato Grosso e Santa Helena não estão recebendo pacientes. A justificativa foi apresentada em coletiva de imprensa, na qual representantes das referidas unidades alegaram não ter recebido o repasse MAC (média e alta complexidade) referente a outubro e que deveria ter sido pago até o início de novembro, sob responsabilidade da Prefeitura de Cuiabá. Dessa maneira, a folha salarial de algumas das instituições está em atraso e outras tiveram que realizar empréstimo para honrar com os funcionários.

Um documento informando a situação foi protocolado junto aos Ministérios Estadual e Federal e encaminhado ao prefeito Mauro Mendes e secretário municipal de Saúde, Werley Peres. Caso dentro de 72 horas a situação não seja solucionada, os hospitais entrarão em greve e apenas 30% dos atendimentos serão prestados. “Realizaremos atendimentos amparados pela lei, nada aqui está sendo feito às escondidas, pelo contrário. No dia 16 deste mês estivemos em reunião com o gestor de Cuiabá e da pasta de saúde e eles estão completamente cientes do que está acontecendo”, informou o presidente da Santa Casa, Antônio Preza.

Para não atrasar o salário e o décimo terceiro dos funcionários, o Hospital de Câncer que atende todo o Estado, realizou um empréstimo bancário no valor de R$ 1 milhão junto a Caixa Econômica Federal. “Sabemos da nossa responsabilidade, tanto com os nossos funcionários, quanto com os pacientes. O repasse é referente a outubro e já realizamos os pagamentos deste mês, bem como os de novembro e dezembro, inclusive o décimo terceiro”, explica o presidente da instituição, Laudemir Moreira Nogueira, que acrescenta que o secretário Werley Peres está tentando enganar não só os hospitais, como também o prefeito. “Quem é responsável por gerir a conta na qual os repasses são depositados é o secretário de Saúde, que consequentemente está mentindo ao afirmar que não existe este depósito. Qualquer cidadão pode acessar o site do Fundo Nacional de Saúde e ver a data quando o repasse foi realizado. O prefeito tem que abrir o olho com esse secretário dele”.

Referência em maternidade no Estado, o Hospital Santa Helena também não está mais recebendo pacientes, nem mesmo as gestantes, por não ter condições profissionais e de insumos para atendê-los. “Eu não posso autorizar a entrada de mais nenhum paciente no nosso hospital, porque irá faltar medicação e se demorarmos mais um pouco para pagar, não teremos profissionais também. Se a pessoa morrer lá dentro a culpa é do hospital e não da prefeitura”.

Em uma situação considerada ainda mais delicada está o HGU que ainda não conseguir acertar as contas de novembro e nem pagar a primeira parcela do décimo terceiro aos funcionários. “Estamos nos organizando para poder colocar em dias estas despesas. Porém, 98% dos nossos serviços são prestados para o Sistema Único de Saúde (SUS) e caso não recebermos estes repasses, será praticamente impossível pagarmos nossos funcionários”.

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