O secretário municipal de Saúde, Mauricio Estrada, reuniu-se, ontem à tarde, com médicos que trabalham no setor de urgência-emergência e fizeram um manifesto, encaminhado ao Ministério Público Federal, apontando que pessoas estão morrendo por falta de “suporte básico no atendimento”. Estrada disse há instantes, em entrevista coletiva, que a prefeitura está encontrando dificuldades para contratar mais médicos e pediu a colaboração dos profissionais que atendem no PA, bem como ao CRM (Conselho Regional de Medicina) para indicarem profissionais a serem contratados. O secretário informou que, de imediato, serão contratados 3 médicos, 2 enfermeiros e 4 técnicos de enfermagem. O salário para o médico é de aproximadamente R$ 10 mil, para 30 horas de trabalhos, 6 h/dia (segunda a sexta-feiras). “Estamos necessitando de profissionais médicos clínicos gerais para que possamos resolver o problema do Pronto Atendimento. Outra reivindicação deles são os equipamentos, que já estão em Cuiabá. Ontem pedi pessoalmente para que a empresa que ganhou (a licitação) despachá-los para cá, mas a empresa está aguardando, na segunda-feira, um técnico para montar esses equipamentos e capacitar os profissionais (que vão operá-los)”, disse o secretário.
Estrada disse, ainda, que nomeou, há poucos dias, o médico Alberto Kinoshita para ser diretor técnico do Pronto Atendimento. Os 14 médicos que assinaram o manifesto apontaram que, desde o início do ano, a prefeitura não havia indicado um diretor para coordenar as principais ações no Pronto Atendimento, apontando também falta de enfermeiros e auxiliares para atender cerca de 500 pacientes/dia. O manifesto, informado em primeira mão por Só Notícias, expôs os graves problemas na saúde pública e a “indignação” dos profissionais para com a falta de solução.
“Tivemos uma reunião bastante interessante e muito produtiva com os profissionais clínicos do corpo clínico do Pronto Atendimento. Mostramos que todas as ações e que todas as reivindicações dos profissionais do PA e de toda a saúde estão sendo pensadas e, a medida do possível e de acordo com o que temos de planejamento com a saúde, estão sendo cumpridas. No caso das reivindicações, a grande maioria delas já foi cumprida. O que a gente não pode esquecer é que a administração tem dificuldades”, expôs.
(Atualizada às 10:29h)
Leia ainda
Médicos denunciam ao MP caos na saúde pública em Sinop
CRM confirma situação caótica no Pronto Atendimento de Sinop