Coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Alessandra Morais explica que o Ministério da Saúde vai ampliar o acesso ao medicamento para toda pessoa que tenha o diagnóstico hepatite viral, lembrando que uma das regras é que quem abandona o tratamento, não terá acesso gratuito a outro. Isto foi estipulado para evitar um desperdício, uma vez que o valor do produto é alto.
As outras modificações implantadas no tratamento dizem respeito aos protocolos de atendimento e aos exames necessários para se confirmar os casos. “Eles pediam elastografia que não é realizada em todas as cidades e dependendo do caso, até mesmo a biópsia. Hoje não precisamos disto para ter a certeza”.
Mesmo com os avanços no atendimento, Alessandra adverte que a prevenção é a melhor alternativa. “O remédio elimina o vírus, mas não recupera os danos que ele causou ao fígado. No caso dos pacientes em estado avançado, garante uma sobrevida maior”.
Em Mato Grosso, a saúde pública tem uma preocupação especial com as hepatites de tipo A e B que podem ser imunizadas, ou seja, possuem vacina. Alessandra diz que a cobertura vacinal é muito baixa para as doenças, principalmente a B, que é ofertada na adolescência e precisa de mais outra dose para ter eficácia.
Os protocolos de vacinação determinam a aplicação de 3 doses, sendo que a 2ª acontece 3 meses após a 1 ª e a última, 5 meses após a 1ª. Após o processo, é necessário se fazer um exame para comprovar a imunização, já que alguns organismos, explica Alessandra, tem a necessidade da quarta dose. Até fevereiro deste ano, a Hepatite tipo B havia alcançado 58, 76% do público alvo em Mato Grosso na 1º dose e 58,17% na 2ª dose.
Já a hepatite A, tem a vacinação durante a infância. Em Mato Grosso, o índice de cobertura chega a 55,26%. As pessoas que ainda não vacinaram devem procurar os postos de saúde para fazer a atualização do cartão de vacina. (CR)