O número de transplantes de rins em Mato Grosso reduziu 52% em três anos. De 2005 e 2007, apenas 13 pessoas saíram da lista de espera, sendo 9 no ano passado. Em 2004, foram realizados 27 transplantes, 20 deles oriundos de cadáveres e 7 de pessoas vivas. A lista de espera oscilou de 692, em 2004, para 848 no ano seguinte, e continua na média de 700 pessoas. A maioria morre antes de conseguir a doação.
Desde 1999, quando teve início o serviço no Estado, foram realizados 170 procedimentos, sendo que 102 pessoas receberam o órgão de uma vítima de morte cerebral. Membros da Associação dos Pacientes Renais e Transplantados de Mato Grosso esperam que o andamento da fila seja mais rápido. Há pessoas que estão há seis anos esperando um novo rim para deixar de lado a rotina das sessões de hemodiálise três vezes por semana.
O presidente da entidade, Antônio Cordeiro, diz que cansou de ver gente morrer principalmente do interior. Além de Cuiabá, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza as sessões de hemodiálise em Cáceres, Rondonópolis e Sinop. Algumas pessoas precisam sair do município para vir fazer o tratamento na Capital, situação cansativa, que gera custos e muito sofrimento. “Além disso, nenhuma empresa aceita contratar um doente renal porque gasta 12 horas semanais com hemodiálise”.
Mais fila – Com o credenciamento do Banco de Olhos para realizar transplante de córnea, a média de espera de quatro anos por um transplante tende a reduzir. De setembro do ano passado até hoje, o número de pacientes que aguardam reduziu de 500 para 361. Entre janeiro e dezembro do ano passado, foram realizados 147 procedimentos, sendo 104 só no segundo semestre. Este ano, já somam 78 os transplantes de córnea, só dois deles referentes ao banco nacional.
Na especialidade de medula óssea, 36 pessoas passaram por transplante entre o ano passado e o início de 2008; outras 51 aguardam na fila em Mato Grosso.