Na lista proporcional de um transplante para cada milhão de habitantes o Estado ocupa o 4º lugar. Mato Grosso já ocupa, no ranking dos Estados brasileiros, o 9º lugar em números absolutos de transplantes de córneas, com 102 transplantes realizados em 2008. Na lista de transplantes, na proporção de um por um milhão de habitantes, o Estado ocupa o 4º lugar, com 72,8 transplantes. Os dados são do Registro Brasileiro de Transplantes, da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (RBT/ABTO), e foram coletados até Junho de 2008 pelo RBT/ABTO.
O secretário-adjunto de Saúde de Mato Grosso, Victor Rodrigues, explicou que “esses números refletem a atenção do Governo Blairo Maggi, especialmente a partir do ano de 2004, na implementação e criação de estruturas para os transplantes, no oferecimento de serviços ao usuário e no que tange à capacitação de equipes e credenciamento de hospitais”.
Victor Rodrigues alistou algumas das ações que o Governo implementou, através da Secretaria de Estado de Saúde: “A criação do Banco de Olhos do Estado, que funciona no Hospital dos Olhos e a inauguração do Laboratório de Histocompatibilidade, funcionando no Hospital Geral Universitário (HGU), ambos começando a funcionar ainda em 2007, aliadas a um intenso programa de capacitação e profissionais da Saúde na criação de equipes de abordagem das famílias de pacientes falecidos foram medidas que possibilitaram aumentar o número de transplantes de córneas em Mato Grosso”, explicou o Secretário-adjunto.
Nos âmbito dos transplantes de córneas essas ações aceleraram a realização dos transplantes porque, antes da criação do Banco de Olhos, as córneas precisavam ser enviadas para fora do Estado para passarem pelo processo de preservação. Agora o procedimento é realizado dentro do próprio Estado, o que torna possível que mais transplantes sejam realizados.
Segundo Victor Rodrigues, Mato Grosso possui equipes de abordagem de transplantes, profissionais médicos da Central de Transplantes treinados para entrar em contato com os familiares de falecidos logo depois que a morte ocorre, nos quatro maiores hospitais do Estado (Hospital Santa Helena, Hospital Geral Universitário (HGU), Hospital Universitário Júlio Müller e Pronto Socorro Municipal de Cuiabá) os quais possuem, ainda, Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTTs).
A Secretaria de Estado de Saúde mantém, ainda, uma parceria com Instituto Médico Legal de Mato Grosso (IML/MT) que notifica o Banco de Olhos toda vez em que recebe o corpo de um possível doador dentro do prazo máximo de 6 horas após o falecimento, prazo em que os órgãos podem ser utilizados.
Desde o início do ano um balcão da Coordenadoria de Transplantes funciona no espaço Ganha Tempo, na Praça Ipiranga, no centro de Cuiabá, destinado a sensibilizar os visitantes para a necessidade de doação de órgãos e tecidos.
O Estado hoje oferta serviços de transplantes de córnea, de enxerto ósseo, de rins (doador vivo) e, em breve, de medula óssea. O serviço da Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea (Redome) já possui em seus registros 5.000 possíveis doadores cadastrados sendo que sete deles são compatíveis e fazem parte da rede nacional e internacional de doadores.