Os dados oficiais do ministério da Saúde apontam que Mato Grosso teve queda de 18,3% no número de mortes por consequência da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), de janeiro a abril, ao se comparar com o mesmo período do ano passado. Os dados fazem parte do Sistema de Informação Sobre Mortalidade (SIM) do ministério, que reúne as causas de mortes. Nos quatro primeiros meses, foram registradas 218 mortes por síndrome respiratória, sendo que no mesmo período de 2019 houve 267.
De acordo com as estatísticas dos últimos 10 anos, 2016 foi o ano em que mais foram registrados óbitos por SRAG, entre os meses de janeiro e abril, com total de 334 mortes. A secretaria estadual de Saúde aponta que 2020 está entre os anos que menos se registrou casos.
“A nossa série histórica de 10 anos demonstra claramente que o número de óbitos por doenças do grupo da SRAG diminuiu. E temos que analisar esses dados, pois é da fonte oficial do Ministério da Saúde. Precisamos entender que o que consta em uma certidão de óbito pode sofrer alteração, não necessariamente é a mesma informação que estará no SIM, porque depois de uma série de investigações e checagem de dados, poderá ou não se concluir que a morte foi causada por outro fator e não a SRAG”, avaliou o secretário Gilberto Figueiredo.
O secretário ainda explicou que no caso da certidão de óbito constam as informações descritas na declaração de óbito, porém não aponta a causa base do óbito. “Causa esta, que somente é apontada no SIM, aonde é inserido o código do CID-10 (classificação internacional de doença) e a seleção de causa básica que levou ao óbito. O que não acontece na certidão de óbito”, ressaltou.
A Síndrome Respiratória Aguda Grave é um conjunto de doenças, em um total de 35, entre pneumonias, influenzas e agora a Covid-19.