Para garantir a imunização da população de Mato Grosso contra a febre amarela, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) protocolou, junto ao Ministério da Saúde (MS), pedido de 100 mil doses/mês de vacina. O estoque mensal do Estado é de 60 mil. O Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde, deu respaldo positivo, garantindo o abastecimento.
O secretario de Estado de Saúde, Augustinho Moro, determinou à Vigilância em Saúde do Estado que passe a renotificar aos municípios em área de risco, apesar de todos já terem recebido a notificação no dia 28 de dezembro, com instruções específicas quanto a medidas de intensificação da vigilância, detecção de casos suspeitos em humanos, comunicação à classe médica, alerta para ocorrências de epizootias (morte de macacos) e manutenção da cobertura vacinal.
“Mato Grosso está vigilante e em alerta para ocorrências de febre amarela, principalmente nas regiões de fronteira, nos municípios que fazem divisa com Goiás, região Sul, que recebe grande fluxo de pessoas vindas de outros Estados, e regiões de mata. A imunização é necessária porque é a única forma segura de evitar a doença”, disse o secretário.
As vacinas estão disponíveis em todas as unidades de saúde do Estado e a população deve se dirigir a elas com tranqüilidade.
O secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Gerson Penna, deu a garantia do abastecimento das vacinas para Mato Grosso e recomendou que pessoas que vão para áreas de turismo na mata e moradores da área rural devem ser vacinados com prioridade.
De 1992 a 2006 o Estado de Mato Grosso apresentou 22 casos da doençae, sendo que 13 destes casos evoluíram para óbito e 9 obtiveram a cura. Em 2007 o Estado não apresentou nenhum caso da doença.
Está sendo investigado o caso de uma paciente de 22 anos, residente no município de Barra do Garças, que visitou o Estado de Goiás (área de risco) onde ocorreu epizootia de macacos. A sorologia da paciente foi enviada ao laboratório Evandro Chagas com previsão de resultados em cerca de 15 dias. A paciente já recebeu alta e passa bem. Mesmo tendo histórico de vacinação com tempo inferior a 10 anos, o que supõe imunização para a Febre Amarela, a investigação sorológica continua.