Mato Grosso se prepara para realizar a 2ª etapa da Vacinação contra Poliomielite ou Paralisia Infantil de 21 de agosto a 20 de setembro em todos os 141 municípios mato-grossenses. Com o slogan “O seu filho quer a segunda dose da sua atenção, o dia “D” da campanha será dia 26 deste mês das 8 às 17 horas em todos os postos de vacinação existentes no Estado. “Todas as crianças de zero a cinco anos incompletos devem tomar a segunda dose da vacina Sabin que protege a criança contra a poliomielite”, disse a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Lourdes França.
A Secretaria de Estado de Saúde (Ses) estará disponibilizando 400 mil doses da vacina aos municípios mato-grossenses. No Estado, o objetivo é imunizar 283 mil crianças menores de cinco anos, mesmo as que não tomaram a primeira dose ou que estiverem com tosse, gripe, coriza, rinite ou diarréia. Os pais também não devem esquecer de levar o Cartão da Criança para que outras vacinas atrasadas possam ser atualizadas.
Cada município desencadeará sua ação conforme orientação do Estado visando o cumprimento da meta do Ministério da Saúde (MS) de 95% de cobertura vacinal. Para esta 2ª etapa da vacinação estão sendo disponibilizados 1.300 postos de saúde, envolvendo aproximadamente quatro mil profissionais, entre servidores públicos e voluntários, e empregados 463 veículos.
Conforme Lourdes França, a vacinação é importante porque a doença pode ser reintroduzida no Brasil uma vez que o poliovírus selvagem é circulante em locais como na África, Região do Mediterrâneo Oriental e Região do Sudeste da Ásia. “Esta é a razão pela qual são mantidas as estratégias de vacinação de rotina e de ações nacionais em dias atuais”, reforçou. A vacina é grátis.
No Brasil, o último caso da doença ocorreu em 1989 na cidade de Souza, na Paraíba. Em 1994, o País recebeu da Organização Mundial de Saúde (OMS) a certificação pela erradicação da transmissão autóctone (nativo) do poliovírus selvagem.
“A poliomielite ou paralisia infantil é uma doença infecto-contagiosa viral aguda, caracterizada por um quadro clássico de paralisia flácida de início súbito. Acomete em geral os membros inferiores, tendo como principais características, a flacidez muscular, com sensibilidade conservada e a ausência de reflexo no segmento atingido”, explicou.
Segundo Lourdes França, as estratégias visam aumentar a oportunidade das crianças em completar o esquema básico de vacinação e ajudar a disseminar o vírus na natureza promovendo proteção coletiva contra o poliovírus, diminuindo o número de suscetíveis. “Desta forma são alcançadas crianças não vacinadas ou com esquema vacinal incompleto compensando falhas existentes na vacinação de rotina motivada pela não procura dos postos e unidades de Saúde por parte dos pais e responsáveis ”, comentou.