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Mato Grosso continua com ‘estado de alerta’ devido a baixa umidade

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A Secretaria de Estado de Saúde (SES) alerta a população sobre os cuidados a tomar para a proteção da saúde diante da constante baixa da umidade do ar e o período de seca que ocorre no Estado de Mato Grosso. O coordenador da Vigilância em Saúde Ambiental da SES (COVSAM/SES), Oberdan Ferreira Coutinho Lira, disse que “o prolongado período de estiagem e a queda nos indicadores da umidade relativa do ar (URA), interferem na concentração de poluentes no ar e, conseqüentemente, podem levar a um aumento no número de internações hospitalares, principalmente de crianças e idosos, com problemas respiratórios e cardiovasculares”.

A Superintendência de Defesa Civil (SDC) do Estado informa que o índice de Umidade Relativa do Ar é de 15% o que coloca Mato Grosso em estado de alerta para o monitoramento da qualidade do ar. A SDC informa, ainda, que Cuiabá e Várzea Grande apresentam índice de 23% de URA, ao passo que Paranatinga registrou 35%, a mais alta medição encontrada.

Por outro lado, desde de Janeiro de 2008, a Coordenadoria de Vigilância em Saúde Ambiental tem publicado, no site da SES (www.saude.mt.gov.br) o Boletim Informativo de Vigilância da Qualidade do Ar. O Boletim registra a qualidade do ar como boa, regular, inadequada e má, mostra quem são os afetados por cada uma dessas situações e sugere o que a população pode fazer para prevenir agravos nessas situações e os sinais que devem levar a pessoa a procurar cuidados médicos na rede de saúde pública.

Os municípios mais afetados pela má qualidade do ar em seus territórios, em Julho de 2008, foram Alta Floresta, Campo Novo do Parecis, Colíder e Sinop.

Oberdan Lira informou que os principais sintomas, que devem levar os usuários do SUS a procurar uma Unidade de Saúde mais próxima, são: “ressecamento das mucosas do nariz e da garganta, sangramento nasal, dor de ouvido, ressecamento da pele e irritação dos olhos. Esses sintomas não precisam se apresentar todos ao mesmo tempo, mas a ocorrência de dois ou mais deles já podem levar o usuário a procurar uma unidade de Saúde”. Não obstante, várias recomendações podem ser seguidas para evitar que se chegue a esse ponto.

Dentre essas recomendações destacam-se evitar exercícios físicos e exposição ao ar livre entre 10 e 16hs, permanecer em locais protegidos do sol ou em áreas arborizadas, evitar aglomerações em ambientes fechados e, se tiver de sair, usar chapéus ou boné, guarda-sol e protetor solar sempre que sair ao sol. Os moradores devem umidificar o ambiente por meio de vaporizadores, toalhas molhadas e recipientes com água. Os jardins devem ser mantidos sempre úmidos.

Quanto à hidratação pessoal recomenda-se que sejam ingeridos um mínimo de três litros de água, diariamente. “Quem se sentir incomodado por beber muita água de uma vez pode dividir esses três litros em 12 copos americanos (250 ml), ao longo do dia. Deve-se evitar qualquer tipo de bebida alcoólica, pois o álcool resseca o corpo, prejudicando a hidratação”, lembrou Victor Rodrigues.

Além da água podem ser ingeridas, também, águas de coco, sucos de frutas naturais e alimentos com alto teor de líquidos e baixa densidade calórica como a melancia, melão, laranja, entre outros. Refrigerantes devem ser evitados.

As refeições também devem ser feitas incluindo certos cuidados. “A alimentação diária deve ser fracionada em pelo menos quatro refeições sempre composta de frutas, verduras e legumes, carne magra, arroz e feijão em pequenas quantidades, com diminuição de gorduras de origem animal, frituras e alta concentração de açúcares”, recomendou o secretário adjunto.

Deve-se ter cuidado principalmente com as crianças e aos idosos que são mais propensos a sofrer com o desconforto causado pela baixa umidade do ar, apresentando problemas de saúde por ter uma imunidade mais baixa em relação às outras pessoas. Quando a umidade relativa do ar estiver abaixo de 15% também se recomenda não praticar nenhum tipo de atividade física.

Outras recomendações incluem não se fazer fogueiras nas proximidades de matas e florestas ou em áreas urbanas. Ao trafegar por regiões sujeitas a incêndios os condutores de veículos e transeuntes devem redobrar a atenção em virtude da visibilidade reduzida pela fumaça e, também, evitar jogar pontas de cigarros para fora dos veículos.

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