Lucas do Rio Verde está em alerta com o aumento nos casos de malária. Somente nos dois últimos meses foram 73. O secretário de Saúde, Paulo Angeli, disse, ao Só Notícias, que a maioria foi notificada em moradores na região do Macuco, próximo ao rio Verde, onde algumas famílias montaram barracos e as condições são precárias.
Angeli declarou que algumas medidas foram tomadas para conter o mosquito e auxiliar estas famílias. “Já fizemos a borificação nessa região e estamos disponibilizando os medicamentos para todos os pacientes”, concluiu. Em caso de suspeita, o exame pode ser feito no laboratório do município. O resultado sai em cerca de uma hora e, sendo positivo, o paciente já recebe o coquetel para tratamento.
Uma equipe da Secretaria do Estado de Saúde também está no município investigando a origem do mosquito. Angeli acredita que a pessoa contaminada pode ter vindo de fora. “Lucas do Rio Verde está crescendo e o fluxo de pessoas é grande. Outro fator que contribui é o período chuvoso, que favorece reprodução do mosquito transmissor”, explicou.
A malária caracteriza-se por desencadear acessos periódicos de febres intensas que debilitam profundamente o doente. Provoca lesões no fígado, no baço e em outros órgãos, além de anemia profunda devido à destruição maciça dos glóbulos vermelhos que são utilizados pelo Plasmodium para reproduzir-se. Os transmissores são mosquitos do gênero Anopheles. As fêmeas colocam ovos em águas acumuladas entre as folhas de plantas, vasos, latas e pneus velhos, e as larvas completam o seu ciclo na água.