Lucas do Rio Verde está vivendo um surto de malária neste ano. Nos últimos dois meses, 99 casos foram confirmados, disse o secretário de Saúde, Paulo Angeli, que esteve na central de jornalismo de Só Notícias. Com isso, o município, com aval da Secretaria Estadual de Saúde, faz, a partir de hoje, a nebulização espacial para eliminar o mosquito transmissor da doença, com equipamento montado em um carro semelhante ao fumacê. Será aplicado durante 3 dias seguidos. Depois, serão mais 4 dias e haverá um novo ciclo de nebulização, por mais 3 dias. O veneno não será aplicado em toda a cidade. “Faremos a nebulização em locais específicos: na região dos Macucos, próximo ao rio Verde, no bairro Pioneiros e ao redor de todo o rio Verde”, explica.
Uma equipe da Secretaria do Estado de Saúde esteve no município investigando a origem do mosquito, que deve ter vindo com pessoas de fora. A maioria dos casos, segundo o secretário, é do tipo falsípara, o mais grave de todos. Poucos casos são do tipo Vivax. Com essa nebulização, devem ser eliminados os mosquitos transmissores, que são do gênero Anopheles. “Não é o mesmo mosquito transmissor da dengue”, alerta o secretário.
A malária caracteriza-se por desencadear acessos periódicos de febres intensas que debilitam profundamente o doente. Provoca lesões no fígado, no baço e em outros órgãos, além de anemia profunda devido à destruição maciça dos glóbulos vermelhos que são utilizados pelo Plasmodium para reproduzir-se.
(Atualizada às 09:50hs)