quinta-feira, 25/abril/2024
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Levantamento encontra “coquetel” de agrotóxicos na água da maioria dos municípios de Mato Grosso

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Só Notícias/Herbert de Souza (foto: reprodução/arquivo)

Um levantamento feito pela Repórter Brasil, Public Eye e Agência Pública, com base em dados do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua), do Ministério da Saúde, encontrou um “coquetel” de agrotóxicos na água da maioria dos municípios de Mato Grosso avaliados. O estudo é referente ao período entre 2014 e 2017.

Cuiabá, Sinop, Sorriso, Lucas do Rio Verde, Cláudia, Marcelândia, Santa Carmem, Colíder, Matupá, Guarantã do Norte, Rondonópolis, Primavera do Leste, Nova Mutum, Tangará da Serra e Cáceres estão entre as cidades onde as empresas de abastecimento detectaram o máximo de 27 pesticidas que são obrigadas por lei a testar. Do total, 16 são classificados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como “extremamente ou altamente tóxicos”. No total, 11 estão associados ao desenvolvimento de doenças crônicas como câncer, malformação fetal, disfunções hormonais e reprodutivas.

Entre os municípios pesquisados em Mato Grosso, apenas quatro não acusaram a presença do “coquetel” de 27 agrotóxicos. Comodoro apontou o menor nível, com 7 pesticidas identificados na água, seguido por Nova Santa Helena, com 12. Conquista D’Oeste (16) e Lambari D’Oeste (24) são os outros.

A concentração de agrotóxicos na água é, segundo o estudo, maior em Sorriso, Marcelândia, Cuiabá, Cáceres e Tangará da Serra, que têm limites acima da média brasileira. Municípios como Sinop, Nova Mutum, Nova Canaã do Norte, Colíder, Juara, Peixoto, Guarantã e Rondonópolis estão acima dos limites europeus. Já cidades como Lucas do Rio Verde, Primavera do Leste e Nova Santa Helena estão abaixo dos limites europeu e brasileiro.

No Brasil, o levantamento mostrou que a contaminação da água está aumentando a passos largos e constantes. “Em 2014, 75% dos testes detectaram agrotóxicos. Subiu para 84% em 2015 e foi para 88% em 2016, chegando a 92% em 2017. Nesse ritmo, em alguns anos, pode ficar difícil encontrar água sem agrotóxico nas torneiras do país”, diz trecho da reportagem divulgada pela Agência Pública.

 

 

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