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Dez leitos de UTIs para Covid-19 começam ser instalados na próxima semana no Hospital Regional de Sinop, confirma secretário

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Só Notícias/Luan Cordeiro (foto: assessoria/arquivo)

O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo confirmou, há pouco, em visita ao município de Sinop, que a partir da próxima semana, 10 novos leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTIs), exclusivos para tratamento do novo Coronavírus (Covid-19), começarão a ser instalados no Hospital Regional. “Os equipamentos começam chegar já no início da semana e a empresa terá 10 dias para colocar esses leitos em funcionamento, que são patrocinados pelo ministério da Saúde, com custo de R$ 1,6 mil dia/leito”, destacou o gestor.

A nova estruturação, duplicará a capacidade de atendimento da unidade no tratamento do Covid-19. Atualmente, são 10 leitos de UTI, sendo que destes, sete já estão ocupados por pacientes de Sinop, outras cidades do Estado e até mesmo do Pará. Ainda existem outros três disponíveis. Além disso, tem 20 leitos clínicos (de enfermaria), sendo que destes, cinco estão ocupados.

“Desde o início, programamos para esse hospital ser uma das nossas referências no Estado para tratamento do Covid. Nessa visita, vim verificar se temos capacidade técnica e estrutural para ampliar os leitos”. “Existe a perspectiva que possamos temporariamente utilizar instalações que estavam sendo edificadas para outras especialidades, mas por conta da pandemia muito provavelmente faremos um remanejamento interno para ampliar ainda mais os leitos de UTI na unidade”, acrescentou o secretário.

Ainda segundo o Gilberto, agora a diretoria do hospital fará um estudo técnico e apresentará a capacidade de ampliação da unidade. “Pode ser que tenhamos capacidade de expansão entre 10 e 19 leitos a mais. Isso dependerá de uma análise que faremos com equipamentos disponíveis e delibero com o comitê estadual para que verifiquemos a possibilidade de poder fazer a ampliação em Sinop”, expôs.

Apesar da estruturação robusta, o secretário estadual de Saúde destacou que não é possível afirmar se a estrutura continuará disponível após a pandemia. “O ministério da Saúde está habilitando, neste momento, leitos de Covid para os próximos 90 dias. O que acontecerá após esse período ainda é incerto, só vamos saber depois da pandemia se o ministério vai prorrogar o período de financiamento desses leitos, e se vai adequar para tratamento de outras enfermidades. Vamos torcer para que depois possamos reverter para outras especialidades”.

O diretor da unidade regional em Sinop, Jean Carlos Alencar, ressaltou que apesar de 70% dos leitos do hospital estarem ocupados, até agora, não faltaram espaços de UTI para pacientes. “Esses números oscilam bastante de um dia para o outro”. “Nosso hospital está servindo de referência para uma grande região, por isso, a taxa de ocupação tem sido maior”, reforçou.

Ainda de acordo com Alencar, atualmente, a maior necessidade do hospital é ampliação das UTIs. “Temos percebido que nossa demanda por enfermaria tem se mantido muito baixa. Então estamos até revendo a necessidade de ampliação de mais leitos clínicos além dos que temos. Talvez o momento esteja mostrando para nós que seria mais interessante investir um pouco mais em espaços de UTI, embora tenhamos dificuldade com aquisição de equipamentos, é o que o momento exige. No entanto, entendemos que essa situação do Covid ainda não tem uma formatação de como as coisas devem funcionar, então vamos avaliando o cenário dia a dia”, completou.

Conforme Só Notícias já informou, a taxa de ocupação nos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTIs) do Sistema Único de Saúde (SUS) em Mato Grosso chegou, ontem, aos 15,2% com 69 pessoas internadas com o Coronavírus (Covid-19). Já a taxa nas enfermarias é de 4,5%, com 65 pacientes, segundo dados do boletim epidemiológico da secretaria de Estado.

Sinop tem, atualmente, 53 casos confirmados de Coronavírus. Dos pacientes positivos, 23 estão em isolamento domiciliar, e outros 25 já estão curados. Além disso, três pacientes estão internados em Unidade de Terapia Intensiva e dois morreram. Além disso, ainda há sete pacientes considerados suspeitos aguardando os resultados dos exames.

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