A Secretaria de Estado de Saúde (SES) em parceria com os municípios que apresentaram casos de leishmaniose visceral estão desenvolvendo ações para o combate e bloqueio da doença. Em 2007, Mato Grosso confirmou 28 casos, com 10 óbitos. Em 2008, até a presente data, o Estado recebeu notificação de 10 casos confirmados da doença, sendo que 02 desses casos evoluíram para óbito. Todos ocorreram em Rondonópolis, nos bairros Jardim Pioneiro, Jardim Liberdade, Vila Castelo, Vila Iraci, Santa Fé, entre outros.
A Vigilância Epidemiológica da SES, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Rondonópolis, está realizando ações de controle químico e o município tem realizado busca ativa de novos casos, acompanhamento dos casos confirmados, capacitando os profissionais para o diagnóstico precoce e tratamento e realizando o diagnóstico e a eliminação dos animais infectados.
Segundo a técnica da Vigilância Epidemiológica da SES, Joelma Leite da Silva Duarte, “as mesmas medidas tomadas em Rondonópolis são estendidas a outros municípios que têm ocorrência da doença como Barra do Garças, Cáceres, Chapada dos Guimarães, Cuiabá, Jaciara, Juscimeira, Luciara, Mirassol D’Oeste, Nossa Senhora do Livramento, Novo São Joaquim, Nobres, Nova Brasilândia, Peixoto de Azevedo, Poconé, Poxoréo, Primavera do Leste, Rosário Oeste e Várzea Grande”.
Técnicos também estão sendo capacitados para a realização de inquérito canino, borrifação de residências com inseticida específico nas residências da região onde ocorreram os casos, e controle do reservatório natural da Leishmaniose: o cão. Joelma Duarte lembrou que “o cão não é o transmissor nem o causador da doença. Ele apenas hospeda o protozoário da Leishmaniose após ter sido picado por um mosquito infectado”.
O instrumento usado para normatizar as ações de combate à Leishmaniose é o Programa de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral, que possui, como principais objetivos, a redução de taxas de morbidade, e letalidade por meio de ações de diagnóstico e tratamento precoce dos casos humanos.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) os principais fatores de risco na ocorrência de novos casos são as alterações ambientais como migrações humanas intensas, urbanização, desmatamento. Os fatores de risco individuais são a desnutrição e os fatores genéticos.