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Jovens que bebem demais podem prejudicar memória, diz estudo

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Adolescentes que ingerem grandes quantidades de bebidas alcoólicas de uma só vez correm risco de sofrer problemas de memória dias depois e os efeitos podem permanecer no longo prazo, segundo um novo estudo britânico.

Os pesquisadores das universidades de Northumbria e de Keele afirmaram, durante uma conferência da British Psychological Society, que o hábito pode ser prejudicial para cérebros que ainda estão se desenvolvendo.

O estudo comparou a memória de jovens entre 17 e 19 anos, divididos em dois grupos. O primeiro era formado por adolescentes que bebiam, em média, 15 unidades de álcool em uma só noite, o equivalente a 11 doses de uísque de 35 ml, duas vezes por semana. O segundo grupo reunia jovens que não bebiam exageradamente.

Os adolescentes foram testados três a quatro dias depois da última vez que haviam bebido, para que seus organismos estivessem livres do álcool.

Vídeo

Os voluntários responderam perguntas sobre a freqüência com que esqueciam de realizar tarefas que haviam planejado, como se encontrar com amigos.

Além disso, eles receberam uma lista de coisas que deveriam fazer ao assistir a um vídeo, como enviar uma mensagem de texto a um amigo quando a imagem de uma determinada loja aparecesse na televisão ou checar suas contas bancárias quando vissem uma pessoa sentar em um banco no vídeo.

“Não encontramos diferenças entre o grupo que bebia e o que não bebia no teste dos questionários, mas, na hora do vídeo, os adolescentes que bebiam muito se lembraram de menos tarefas que os demais”, disse o pesquisador Thomas Heffernan.

“Apesar de, segundo seus próprios relatos, eles terem boa memória, eles não foram bem no teste do vídeo”, acrescentou Heffernan. “Os jovens que bebem em excesso se lembraram de 30% menos itens, uma diferença significativa.”

Segundo o pesquisador, é possível que regiões do cérebro como o córtex pré-frontal ou o hipocampo tenham sido afetadas.

“Há evidências de que álcool em excesso, particularmente quando ingerido em curtos espaços de tempo, danifica partes do cérebro responsáveis pela memória do dia-a-dia”, afirma Heffernan.

“Esses adolescentes podem não só estar prejudicando sua memória, mas – se os cérebros deles ainda estiverem em formação – podem estar criando problemas para o futuro”, concluiu.

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