A professora Greice Aparecida do Nascimento, 27, morreu com sintomas de dengue hemorrágica no Hospital Regional de Cáceres. Grávida de 9 meses, a vítima é o segundo óbito na cidade em 48 horas com indícios da doença. O outro caso é do advogado Allan Kardec Santos, 67, que morreu na sexta-feira (13) depois de passar 2 dias internado no Hospital São Luiz.
A paciente deu entrada no hospital 1h30 de domingo (15) com fortes dores abdominais e queda de pressão. O quadro se agravou e ela foi transferida para Unidade de Terapia Intensiva (UTI), morrendo às 5h30 do mesmo dia. A médica Andréia Amaral, que atendeu a mulher, afirma que ao chegar na unidade de saúde, o bebê de Greice não apresentava batimentos cardíacos.
No atestado de óbito, a causa da morte foi definida como "indeterminada", porém o caso está sendo investigado pelas Secretarias de Saúde do Município e do Estado. No dia 12, a professora fez exame no Hospital Regional e o resultado foi negativo para pesquisa de dengue. Novos procedimentos foram realizados no Laboratório de Fronteira para avaliar o que provocou a morte da mulher e feto. Os resultados devem ser divulgados hoje.
Com mais este caso, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) passa a investigar 3 óbitos provocados pela dengue hemorrágica, além de já ter confirmado outras 35 mortes pela doença este ano.
O último Boletim Epidemiológico divulgado pelo órgão estadual aponta que Mato Grosso tinha na última semana 40.659 notificações da dengue.
Em Cáceres, assim como em Cuiabá e Várzea Grande, o poder público está trabalhando junto a população para eliminar criadouros do mosquito transmissor da doença e aplicar larvicidas.
Desde o último dia 13, são realizados mutirões de limpeza em vários bairros da cidade para tentar minimizar o número de possíveis criadouros.
Ao contrário do primeiro semestre, quando o município foi citado pela Secretaria Estadual de Saúde como referência na prevenção e combate à dengue, nos últimos 2 meses, as notificações cresceram em função da antecipação do período das chuvas.